O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) reiterou na sexta (7) que o Google pode ser obrigado a vender o Chrome. A separação forçada do navegador seria uma alternativa para reduzir o domínio da empresa no mercado de buscas, em que foi acusada de monopólio.
A proposta faz parte da estratégia do DOJ para restabelecer a concorrência no setor. O plano foi divulgado inicialmente em novembro de 2024 e, após uma revisão em março, manteve a possibilidade de desmembramento do Chrome.
Na versão mais recente do documento, o DOJ retirou a venda do Android como uma das opções para mitigar o monopólio. Anteriormente, o governo dos EUA considerava tornar o sistema operacional independente caso o Google não cumprisse outras exigências.

Por que vender o Chrome?
Para o DOJ, o Chrome é um “ponto de acesso essencial” para buscas, e sua venda poderia reduzir a influência do Google nesse mercado. A separação do navegador abriria espaço para que concorrentes ganhassem mais relevância e disputassem usuários de forma mais equilibrada.
Venda do Chrome traria desafios
O Google Chrome não é apenas um navegador, mas também a base para diversos outros browsers através do projeto open-source Chromium. Caso fosse vendido, não está claro como o novo proprietário administraria o projeto.
Se o Chromium fosse descontinuado ou transformado em software proprietário, o impacto no mercado de navegadores seria significativo. Atualmente, grandes browsers como Microsoft Edge e Opera utilizam essa tecnologia como base.
Chrome domina o mercado há anos
Desde 2012, o Chrome é o navegador mais usado no mundo. Segundo dados do StatCounter, o browser do Google mantém uma participação acima de 60% desde 2018, muito à frente dos concorrentes.

Antes da ascensão do Chrome, o líder do mercado era o Internet Explorer, que perdeu relevância rapidamente ao longo dos anos.
Decisão ainda deve levar meses
O Google deve apresentar sua contraproposta revisada ainda nesta segunda-feira (10), mas, até o momento, nada foi divulgado. A última proposta oficial da empresa foi revelada em dezembro.
As audiências do caso estão previstas para abril, e a decisão judicial só deve sair em setembro de 2025. Dessa forma, qualquer mudança concreta ainda levará meses para acontecer.
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