O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta terça-feira (11) aumentar as tarifas sobre o aço e o alumínio canadenses para 50%, o dobro do imposto aplicado a outros países.
A decisão veio como resposta a uma tarifa imposta pela província de Ontário sobre a eletricidade exportada para os EUA, medida tomada após Trump anunciar novas taxas sobre produtos canadenses na semana anterior.
Essa escalada nas tarifas intensificou a disputa comercial entre os dois países.
Trump também fez declarações polêmicas além do tema comercial. Ele sugeriu que o Canadá poderia se tornar o “51º estado americano” e ameaçou impor novas tarifas à indústria automobilística canadense a partir de abril, afirmando que isso levaria ao fechamento permanente do setor no país.
Em resposta, o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, classificou as ações de Trump como “um ataque direto aos trabalhadores, famílias e empresas canadenses”.
Carney declarou que manteria as tarifas retaliatórias até que os EUA demonstrassem compromisso com um comércio justo e equilibrado.
Após horas de tensão e negociações, ambos os lados decidiram recuar.
O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, anunciou a suspensão da tarifa sobre a eletricidade exportada para os EUA, buscando amenizar o conflito.
Pouco depois, Trump afirmou que “provavelmente” reconsideraria o aumento das tarifas sobre os metais canadenses.
Mesmo com as negociações, Trump intensificou suas críticas ao Canadá, alegando – sem apresentar provas – que o país se beneficiava de um subsídio de US$ 200 bilhões dos EUA devido a um suposto desequilíbrio comercial.
Além disso, acusou o governo canadense de não investir o suficiente na própria defesa e de não combater com firmeza o tráfico de fentanil.
O porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, comemorou o resultado como uma vitória americana.
“Mais uma vez, o presidente utilizou a força da economia dos EUA para garantir um resultado favorável ao povo americano”, declarou.
Com a decisão final, os metais canadenses ficarão sujeitos à tarifa de 25%, a mesma aplicada a outros parceiros comerciais dos EUA, a partir da meia-noite.
As novas medidas são mais um capítulo na turbulenta política comercial de Trump, em um momento de queda dos mercados financeiros e preocupações sobre uma possível recessão nos Estados Unidos.
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