30 de abril de 2025

Quem é e como vive a única irmã ainda viva do papa…

O papa Francisco, que faleceu nesta segunda-feira, 21, era o mais velho de cinco filhos.

Do quinteto, apenas uma filha ainda está viva: María Elena Bergoglio, de 76 anos, que está sob cuidados de freiras na Argentina, por problemas de saúde.

Antes que o irmão fosse a Roma para o conclave, de onde sairia eleito, os dois se despediram com um “te vejo quando voltar”.

O reencontro nunca aconteceu. Ela, que estava impossibilitada por ordens médicas de fazer longas viagens de avião, não via Francisco desde que ascendeu ao Papado, há 12 anos.

María Elena é a caçula. Seus outros irmãos mais velhos, Oscar, Marta Regina e Alberto faleceram entre 1997 e 2010. Assim como o resto do mundo, ela acompanhou o conclave de 2013 e achava que Francisco, cujo nome era Jorge Mario, não seria escolhido.

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Afinal, ele havia chegado perto anos antes, na votação que elegeu o cardeal Joseph Ratzinger, mais tarde conhecido como Bento XVI. Na ocasião, Bergoglio recebeu 40 votos, mas pediu que os seus apoiadores desistissem e apoiassem Ratzinger. Ela achou que a história se repetiria.

“Assim que ouvi ‘Jorge Mario’, congelei completamente. Nem cheguei a escutar o sobrenome nem o nome que ele havia escolhido como Papa. Comecei a chorar, inconsolavelmente”, relembrou em entrevista ao jornal argentino La Nación. 

No mesmo dia, o primogênito ligou para ela. O novo pontífice pediu que avisasse o restante da família que estava bem e que não conseguiria ligar para todos, mas que confiava nela para passar a mensagem a diante.

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Um gesto de cumplicidade fraterna. Eles também combinaram que María Elena não viajaria para Roma para a cerimônia de posse. Ela acompanhou a transmissão pela televisão, sem conter as lágrimas.

“Ele sempre foi um irmão muito companheiro, muito presente, apesar das distâncias e dos compromissos com a Igreja.

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Falamos uma vez por semana, trocamos cartas e nos organizamos para compartilhar algum almoço em família, nos quais, até pouco tempo atrás, ele mesmo cozinhava”, afirmou María em entrevista à revista Hola argentina antes do falecimento de Francisco.

+ Como foram as últimas horas do papa Francisco

Causa da morte

A causa do óbito foi um AVC ocorrido dentro do contexto de um grave problema cardiocirculatório. De acordo com o diretor da Direção de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano, o professor Andrea Arcangeli, um acidente vascular cerebral, coma e colapso cardiovascular irreversível provocaram a morte de Francisco.

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Também conhecido como derrame cerebral, o AVC decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro. Responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, ele pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico.

O físico do papa já estava debilitado pelas infecções respiratórias que haviam causado sua internação no hospital Gemelli, em Roma, por mais de trinta dias. Sucessivas crises colocaram em dúvida a possibilidade de sua recuperação – médicos informaram que consideraram interromper os tratamentos e oferecer apenas cuidado paliativo.

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