
A filha do primeiro-ministro francês, François Bayrou, afirmou, nesta terça-feira, 22, que foi violentada fisicamente em uma escola católica que está no centro de um escândalo de violência e abuso sexual. De acordo com Hélène Perlant, 53, um padre sênior da escola Notre-Dame de Bétharram a espancou na frente dos colegas durante um acampamento de verão, na década de 1980, quando ela tinha 14 anos. “Uma noite, quando estávamos desempacotando nossos sacos de dormir, [o padre] Lartiguet, de repente, me agarrou pelos cabelos, me arrastou pelo chão por vários metros e depois me deu socos e chutes por todo o corpo, especialmente na barriga… Eu me molhei e fiquei assim a noite toda, úmido e enrolado como uma bola no meu saco de dormir”, contou Perlant ao Paris Match. Segundo Hélène, cuja história está em um livro escrito por sobreviventes, o pai nunca soube do ocorrido. “Talvez, inconscientemente, eu quisesse proteger meu pai dos golpes políticos que ele estava recebendo”, acrescentou.
Este é mais um capítulo do escândalo envolvendo Bétharram e que abalou a posição do premiê. Parlamentares da oposição acusam Bayrou, que foi ex-ministro da Educação, de se omitir sobre supostos abusos físico e sexual na escola durante décadas. No entanto, ele nega qualquer conhecimento das alegações. “Nunca fui informado de nada relacionado à violência ou à violência sexual”, afirmou. Segundo informações do The Guardian, 200 queixas judiciais foram registradas desde fevereiro do ano passado, acusando padres e funcionários da escola de abuso entre 1957 e 2004, sendo que 90 alegam violência sexual. O primeiro-ministro será interrogado pela comissão parlamentar no dia 14 de maio.
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