29 de abril de 2025

Trump deve assinar ordem para aliviar impacto das tarifas sobre montadoras

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve assinar ainda nesta terça-feira (30) uma ordem executiva que flexibiliza o impacto das tarifas impostas ao setor automotivo. A medida evita que novas tarifas sobre veículos importados se acumulem com outras já em vigor e reduz encargos sobre peças estrangeiras usadas na fabricação de carros dentro dos EUA.

Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, o texto completo da ordem será divulgado ainda hoje. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que a decisão mostra o compromisso da administração com a indústria local: “Queremos dar às montadoras uma forma rápida e eficiente de expandir a produção e criar empregos.”

A mudança ocorre no momento em que Trump se prepara para visitar o estado de Michigan, epicentro da indústria automobilística americana, para marcar os 100 primeiros dias de seu segundo mandato.

Alívio para a cadeia de produção

Montadoras, revendedores e fornecedores de peças vinham pedindo flexibilização, alertando que as tarifas poderiam desorganizar a complexa cadeia de suprimentos da América do Norte. A ordem assinada por Trump permite que empresas solicitem compensações financeiras com base na arrecadação já obtida com tarifas.

Fabricantes como Ford, GM e Stellantis comemoraram a decisão. Jim Farley, CEO da Ford, disse que a medida “ajuda a mitigar os impactos das tarifas sobre fabricantes, fornecedores e consumidores”. Mary Barra, CEO da GM, afirmou que a liderança do presidente está “nivelando o campo de jogo para empresas como a GM investirem ainda mais nos EUA”.

Segundo o Departamento de Comércio, a nova regra permitirá que montadoras solicitem um desconto equivalente a até 3,75% do valor de cada veículo fabricado nos EUA por um ano. O benefício cairá para 2,5% no segundo ano e será encerrado no terceiro, numa tentativa de incentivar a produção doméstica. A compensação vale para carros produzidos a partir de 3 de abril.

Fabricantes estrangeiras com operações locais, como BMW e Mercedes-Benz, também poderão solicitar o abatimento.

Isenção extra para aço e alumínio

A medida também prevê que veículos importados fiquem temporariamente isentos de tarifas adicionais sobre aço e alumínio, evitando sobreposição de encargos. O objetivo, segundo um assessor da Casa Branca, é dar tempo para que as empresas adaptem suas operações sem sofrer grandes prejuízos financeiros.

As ações de montadoras listadas nos EUA reagiram positivamente à notícia. Stellantis chegou a subir 4,5% na Bolsa de Nova York, enquanto a Ford avançou 1,4%. Os papéis da General Motors operavam perto da estabilidade após reverterem perdas anteriores.

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