30 de abril de 2025

‘Eu gostaria de ser papa’, diz Trump ao ser questi…

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que gostaria de ser o próximo papa. A Igreja Católica escolherá um novo líder a partir do conclave, que começa em 7 de maio, após a morte de Francisco, na semana passada.

“Eu gostaria de ser papa”, afirmou o republicano ao ser questionado por um jornalista sobre quem deveria ser o pontífice. “Essa seria minha escolha número um.”

Embora em aparente tom de piada, a declaração é mais uma na lista de falas superlativas do presidente americano, que já falou em concorrer a um terceiro mandato nos Estados Unidos, proibido pela Constituição americana. Em uma entrevista à revista americana The Atlantic publicada na segunda-feira 28, por exemplo, afirmou que, diferentemente do que ocorreu em em sua primeira passagem pela Casa Branca, desta vez ele governa “o país e o mundo”.

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Em seguida, Trump afirmou que não tem preferências para o próximo chefe da Santa Sé, mas fez referência ao arcebispo de Nova York, Timothy Dolan. “Devo dizer que temos um cardeal que por acaso é de um lugar chamado Nova York, que é muito bom, então veremos o que acontece.”

O cardeal Dolan não é um dos favoritos para o cargo. Entre os religiosos dos Estados Unidos que participarão do conclave, um nome mais cotado é o do cardeal Joseph Tobin, arcebispo de Newark, Nova Jersey. Até agora, nunca houve um papa americano.

Trump e sua esposa, Melania, viajaram a Roma no último fim de semana para comparecer ao funeral de Francisco. Lá, realizou uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, dentro da Basílica de São Pedro.

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O presidente americano e o falecido papa trocaram críticas ao longo da última década, principalmente relacionadas ao apelo do papa por compaixão pelos migrantes, um grupo que está na mira de Trump desde o primeiro mandato, mas que entrou nos holofotes desde que ele voltou à Casa Branca com a promessa de realizar “a maior deportação em massa da história dos Estados Unidos”.

Em uma briga recente, pouco antes de sua morte por um derrame na segunda-feira passada, posicionou-se contra as políticas imigratórias pregadas pelo presidente americano, dizendo que criminalizar migrantes e tomar decisões baseadas na força “terminará mal”.

“O que é construído com base na força, e não na verdade sobre a igual dignidade de todo ser humano, começa mal e terminará mal”, disse o pontífice no texto, que parecia também uma resposta indireta à defesa às deportações feita pelo vice-presidente JD Vance — católico, ele defendeu a repressão imigratória citando um conceito teológico católico antigo conhecido como “ordo amoris”, ou “ordem do amor”, para sugerir que os católicos devem dar prioridade aos não imigrantes.

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Em sua carta aberta, Francisco disse que “a verdadeira ‘ordo amoris’ que deve ser promovida (…) meditando sobre o amor que constrói uma fraternidade aberta a todos, sem exceção”.

Em menos de duas semanas, 133 cardeais católicos serão incumbidos de participar da votação secreta, enclausurados na Capela Sistina de Michelangelo, para escolher o próximo papa. Não há um favorito claro à vista, mas casas de apostas e analistas apontam repetidamente para o italiano Pietro Parolin, que no cargo de secretário de Estado do Vaticano é o número dois na hierarquia da Santa Sé.

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