Nesta quarta-feira (30), a Samsung divulgou seu balanço fiscal a respeito do primeiro trimestre de 2025, e embora alguns números devem ter animado a empresa, outros são motivos de certa preocupação. A grande novidade é que a gigante sul-coreana reportou uma receita de quase US$ 57 bilhões (R$ 311 bilhões), ou seja, um aumento de 1,2% contra o período anterior.
Na parte do real lucro obtido pela fabricante da linha Galaxy, a companhia viu um lucro de US$ 4,89 bilhões (Cerca de R$ 26 bilhões). Boa parte desse montante tem relação com a divisão de smartphones e a chegada dos recentes Galaxy S25, gerando um aumento de 23% contra o ano passado e o maior nível dos últimos quatro anos, gerando US$ 2,99 bilhões (R$ 16 bilhões) para a empresa.
No último ano, a fabricante destinou grande parte de seus gastos para o setor de Pesquisa & Desenvolvimento, e no último trimestre isso não foi muito diferente. Para esses últimos meses, a companhia aumentou o gasto em P&D em 16% quando comparado ao mesmo período, mas agora totalizando R$ 35 bilhões em investimento nesse segmento.

Apesar desse crescimento macroeconômico, em seu comunicado oficial sobre as receitas, a Samsung aponta dificuldades em prever a performance financeira futura da empresa. Um dos motivos centrais para isso são as recentes guerras comerciais geradas por tarifas de importação, já que o governo dos EUA instalou tarifas recíprocas para diversos países.
A China, por exemplo, é a mais afetada pelo “tarifaço” do presidente Donald Trump, com taxas superiores aos 120%. Para se livrar desses impostos, a Samsung teria acelerado a fabricação de smartphones em países como Vietnã, Índia e a própria Coreia do Sul, que receberam uma taxa de importação bem inferior quando comparada a dos chineses.
Divisão de semicondutores em queda
Mesmo com o recorde de receita no último trimestre, divisões como a de semicondutores viram uma redução sensível de 42%, caindo de R$ 7 bilhões para somente R$ 4 bilhões em relação ao mesmo trimestre de 2024. Parte disso também tem relação com o cenário de exportações, já que as vendas de memórias HBMs foram afetadas por controle de exportação dos EUA no mercado de IA.
A Samsung confiou suas vendas ao mercado chinês, mas ficou atrás da concorrência da SK Hynix no segmento das memórias. Inclusive, a própria SK Hynix desbancou a gigante sul-coreana na produção das memórias DRAM neste primeiro trimestre, já que sua rival registrou um aumento no lucro operacional de 158%.
Ainda assim, a Samsung faz projeções para o próximo quarter. Na ocasião, a companhia prevê uma alta demanda por servidores de IA e tentar fortalecer sua posição nesse mercado, tendo, inclusive, o aumento na produção das memórias HBM3E de 12 camadas aprimoradas.

Fora as memórias para servidores, a companhia também expandirá as vendas de módulos de alta densidade no protocolo DDR5 em versões de 128 GB ou mais, corroborando com informações vazadas recentemente. Há também a projeção de módulos LPDDR5X de baixo perfil para notebooks com velocidades de 10,7 Gbps.
A companhia ainda projeta o fornecimento de módulos de memória para placas de vídeo, mas não há detalhes de qual companhia será beneficiada por esses chips.
Inclusive, por falar em chips, a empresa confirma que a divisão Foundry focada em chips SoC tiveram lucros reduzidos devido a uma “fraca demanda sazonal, ajustes de estoque e utilização estagnada das fábricas”. Apesar disso, a Samsung continuará seus esforços com chips de 2 nm (GAA), e recebendo pedidos para chips de 2 e 4 nm para servidores de IA e HPCs.
Novos dobráveis e mais monitores gamer
Já nos quesitos de telas, a Samsung Display Corporation (SDC) registrou R$ 23 bilhões em receita consolidada e quase R$ 2 bilhões em lucro operacional no primeiro trimestre. Os resultados da divisão melhoraram por conta do lançamento de novos monitores QD-OLED para grandes clientes, e há a projeção de crescimento na demanda para monitores gamer no próximo quarter.
Por outro lado, a divisão de TVs da Samsung reportou uma receita consolidada de R$ 57 bilhões, mas um lucro de somente R$ 1,1 bilhão.
Foco no S25 Edge e realidade entendida
Por fim, a divisão da Samsung MX (Mobile eXperience) teve receita de R$ 146 bilhões e lucro de R$ 17 bilhões na área. O segmento experimentou crescimento tanto em receita quanto em lucro, principalmente por conta do recebimento da linha regular do Galaxy S25.
Uma das razões para o aumento está na “competência de custos aprimorada” a redução no valor de alguns componentes desses celulares. Para o próximo quarter, a Samsung mostra otimismo no lançamento do Galaxy S25 Edge superfino, e na introdução de mais celulares da linha Galaxy A recheados de inteligência artificial.

Aliás, a empresa espera lançar novos smartphones com telas dobráveis nos próximos trimestres, e isso deve incluir o tão aguardado smartphone de três telas. O segmento também planeja explorar mais um novo segmento de produtos XR, ou seja, de realidade estendida, com o tão especulado Project Moohan.
Para saber mais informações sobre os próximos lançamentos da Samsung, basta ficar ligado no site do TecMundo. Inclusive, um executivo revelou que o Google paga muito dinheiro para a Samsung usar o Gemini em seus smartphones.
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