
Com aumento de viajantes neste feriado do Dia do Trabalhador, posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-163, em Campo Grande, na saída para São Paulo, virou ponto de blitz educativa sobre o Maio Laranja. Uma campanha que alerta para crime brutal: exploração sexual de crianças e adolescentes. A ação é parceria da PRF com o Conselho Tutelar.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Conselho Tutelar realizam blitz educativa na BR-163, em Campo Grande, para conscientizar sobre a exploração sexual de crianças e adolescentes durante o feriado do Dia do Trabalhador. A ação faz parte da campanha Maio Laranja e orienta sobre denúncias pelo Disque 100.Mato Grosso do Sul lidera o ranking nacional de ocorrências de violência sexual contra menores, segundo o Anuário Nacional da Segurança Pública. A campanha alerta sobre sinais de abuso, como mudanças comportamentais em crianças, e destaca a importância da denúncia para combater este tipo de crime.
Os panfletos trazem orientações de como denunciar por meio do Disque 100. Qualquer pessoa pode fazer uma denúncia pelo serviço, que funciona diariamente, durante 24h, incluindo sábados, domingos e feriados.

De acordo com o policial Alexandre Figueiredo, há pontos vulneráveis para que aconteça esse tipo de violência, como postos de combustíveis em rodovias que passam por grandes centros. “A gente sempre procura mapear para ir a esses locais e orientar”.
Adriano Vargas, que é conselheiro tutelar em Campo Grande, destaca os dados de Mato Grosso do Sul no Anuário Nacional da Segurança Pública.
“O levantamento traz um dado muito preocupante. Mato Grosso do Sul figura como o primeiro do País em ocorrências de violência sexual contra crianças e adolescentes. Por um lado, a sociedade está se mobilizando para denunciar. Mas, por outro, é um número muito preocupante. É importante conscientizar’.

Segundo Vargas, a escolha do local da campanha é devido ao perfil diversificado do público. Para os adultos, a orientação é prestar atenção a sinais de alerta. Como a criança e o adolescente que muda de comportamento e começa a ficar retraído ou a ter brincadeiras sexualizadas.

Viajando com a esposa e o filho de 2 anos, o médico Alexandre Alonso, 41 anos, destaca que a campanha orienta a como fazer a denúncia. “Achei importante a gente saber o que fazer caso aconteça com alguém próximo. Nós tomamos muito cuidado com o nosso filho. Nossa maior preocupação é acontecer uma violência”, diz.
O administrador de empresas Samir Alves, 58 anos, viajava com a esposa e duas filhas (10 e 4 anos). “É um risco muito grande. Precisa divulgar os canais de denúncia para que não fiquem desprotegidas”.

Um maio brutal – Em 18 de maio de 1973, no Espírito Santo, a menina Araceli Cabrera Crespo, de 8 anos, foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada.
No dia do seu desaparecimento, a menina deveria sair mais cedo da escola para pegar o ônibus que a levaria de volta para casa. O caso ganhou repercussão da mídia nacional por conta da sua gravidade.
Na época, a Justiça chegou a três suspeitos, todos de famílias influentes de Vitória. O crime prescreveu.
A data de 18 de maio foi instituída como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

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