3 de maio de 2025

PRF envia Grupo de Choque a MS após bloqueios em rodovias federais – Cidades

Efetivo especializado ficará de prontidão em Campo Grande para intervir, caso necessário

PRF envia Grupo de Choque a MS após bloqueios em rodovias federais
Efetivo do Grupo de Choque da Polícia Rodoviária Federal. (Foto: Reprodução/PRF)

Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), anunciou na noite desta sexta-feira (2) o envio do Grupo de Choque Nacional para reforçar a atuação da corporação em Mato Grosso do Sul.

Conforme nota endereçada à imprensa, o efetivo especializado ficará de prontidão em Campo Grande para intervir, caso necessário, em interdições de rodovias federais, com base em protocolos técnicos, respaldo legal e respeito aos direitos fundamentais.

Segundo a PRF, a medida reforça a capacidade de resposta da instituição diante de situações que exijam atuação especializada para garantir a ordem e a fluidez do tráfego. No comunicado, a autarquia discorre que a atuação do grupo seguirá “[…] os parâmetros da própria corporação e da legislação vigente, priorizando a negociação, a prevenção de conflitos e a integridade física dos envolvidos”.

Vale lembrar que o envio do Grupo de Choque ocorre após manifestações registradas nos últimos dias no estado. Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) bloquearam trechos da BR-163, além da BR-060 e da rodovia estadual MS-164 com galhos, pneus queimados e outros materiais, em protesto por avanços na reforma agrária.

Os atos causaram congestionamentos e só foram encerrados após promessas de diálogo com representantes do governo federal.

Manifestações – No dia 26 de abril, cerca de 300 famílias do MST ocuparam uma propriedade rural da empresa JBS, localizada no distrito de Panambi, em Dourados, às margens da MS-379. O objetivo da ocupação era denunciar que o imóvel estaria há mais de 12 anos sem cumprir sua função social, além de reivindicar o assentamento das famílias que ocupavam a região há meses.

A ocupação gerou forte reação dos proprietários e a mobilização de forças estaduais de segurança, incluindo o Batalhão de Choque, o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e o Corpo de Bombeiros.

No dia seguinte, a intervenção das superintendências do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Incra foi fundamental para evitar o agravamento do conflito. Ainda assim, a ação policial realizada para retirar os manifestantes utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha, intensificando a tensão no local.

Já no dia 28 de abril, novas ações do MST ocorreram. Durante a madrugada, manifestantes bloquearam a BR-060, rodovia que liga Campo Grande a Sidrolândia, interditando a entrada do município.

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