Quem é o ativista brasileiro que estava no navio h…

Na madrugada desta sexta-feira, 2, o navio Conscience, da organização Freedom Flotilla Coalition (FFC), foi bombardeado em águas internacionais próximas a Malta. A embarcação, que transportava ajuda humanitária com destino à Faixa de Gaza, sofreu um incêndio e emitiu um pedido de socorro. Segundo a ONG, o ataque foi provocado por drones militares israelenses. Entre os ativistas a bordo estava o brasileiro Thiago Ávila, conhecido por sua atuação em causas sociais e ambientais e com cerca de 300 mil seguidores nas redes sociais.

De acordo com a família de Ávila, que acompanha a situação do Brasil, ele estaria atualmente em um barco de apoio, ao lado de outros ativistas. O contato com o grupo, no entanto, está instável.

Ávila é comunicador e ativista socioambiental, nascido no Distrito Federal. Aos 38 anos, possui um histórico de militância em defesa da justiça climática e dos direitos humanos. Atua como coordenador da Freedom Flotilla Coalition no Brasil e participa de ações de solidariedade internacional, com foco especial na Palestina. Já esteve na Cisjordânia para documentar violações cometidas sob ocupação israelense e integrou brigadas internacionais em Cuba e na Colômbia.

O ataque

A Freedom Flotilla Coalition, responsável pela missão, afirmou que o ataque ao Conscience, navio desarmado, causou um incêndio e explosões a bordo. A organização culpou Israel pela ação e pediu que embaixadores israelenses respondam por “violações do direito internacional, incluindo o bloqueio contínuo e o bombardeio da embarcação civil”.

As Forças Armadas de Malta confirmaram o incêndio, posteriormente controlado, e informaram que não houve feridos. O governo local relatou que o navio transportava dezesseis pessoas — doze tripulantes e quatro passageiros civis. A ONG, por sua vez, afirma que havia mais de trinta ativistas de vinte e um países diferentes a bordo do Conscience, em uma “missão para desafiar o cerco ilegal e mortal de Israel a Gaza e fornecer ajuda desesperadamente necessária para salvar vidas”.

O navio se dirigia a Malta, onde receberia um novo grupo de ativistas antes de seguir viagem para Gaza. Em comunicado, a FFC afirmou que os drones teriam mirado o gerador da embarcação, deixando o navio sem energia e sob risco de afundamento.

A missão humanitária tinha como objetivo levar suprimentos e apoio à população de Gaza, em meio ao agravamento da crise humanitária no território. Entidades internacionais alertam para o colapso total da resposta humanitária na região.