Após o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) dizer em suas redes sociais no final de semana que os Estados Unidos enviariam um representante a Brasília para tratar de ações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o governo americano afirmou que a missão, liderada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções do Departamento de Estado, discutirá na verdade temas como combate a organizações criminosas transnacionais, terrorismo e tráfico de drogas. Nada de temas internos da Justiça brasileira, segundo um comunicado oficial publicado no domingo, 4. Já nesta tarde, contudo, o parlamentar brasileiro reforçou sua versão ao compartilhar novo post que afirma que a gestão de Donald Trump não assumiria “publicamente que vão para o Brasil avaliar sanções”.
“O Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de uma série de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas”, diz o comunicado divulgado pela embaixada.
+ Representante do governo de Trump virá ao Brasil para tratar da atuação de Alexandre de Moraes
“Como se os caras fossem dizer publicamente que vão pro Brasil avaliar sanções”, diz o post compartilhado por Eduardo Bolsonaro, após a divulgação da nota do governo americano.

Na sexta-feira, 2, Eduardo havia afirmado que Gamble teria em sua agenda reuniões com o senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ) e outros parlamentares da direita, após desembarcar no Brasil nesta segunda-feira, 5. Haveria a previsão também de que Gamble se encontraria com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que estava internado após uma cirurgia e teve alta no último domingo, 4.
“Quando disse que a batata do Alexandre de Moraes estava esquentando aqui nos Estados Unidos, pode ter certeza que está esquentando de verdade”, anunciou o deputado licenciado.
No rol de assuntos que seriam tratados junto ao Coordenador de Sanções, órgão ligado à diplomacia dos Estados Unidos, estão não só as ações de Moraes, mas também de outras autoridades brasileiras, como o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Gamble também irá avaliar se essas autoridades têm atuado de acordo com o governo norte-americano.
O parlamentar ainda dobrou a aposta, depois da divulgação da nota, dizendo que a declaração da embaixada teria sido feita por integrantes do governo de Joe Biden que ainda estariam representando os EUA no Brasil.
“Os Estados Unidos já enviou (sic) um novo embaixador para o Brasil? Não. Então, o corpo diplomático do governo americano no Brasil ainda é da administração Biden? Sim. Então, morreu já por aqui essa história”, disse em entrevista ao canal Programa 4 por 4, no domingo.
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