Entre os 133 cardeais com direito a voto no conclave, sete são brasileiros – um oitavo, maior de 80 anos, não participa da escolha mas poderia ser eleito sucessor do papa Francisco. Embora nenhum deles figure entre os favoritos, aliás, qualquer um poderia ser indicado ao trono de São Pedro. Se o argentino Jorge Mario Bergoglio, fanático do San Lorenzo de Almagro, um dos cinco grandes clubes de seu país, chegou ao papado com a carteirinha de sócio torcedor no bolso, fica a dúvida: se o próximo papa fosse brasileiro, para qual time ele torceria?
Dom Jaime Spengler — Internacional
Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime é um dos mais ligados ao futebol. Em 2013, quando tomou posse como arcebispo, ele recebeu uma camisa colorada como presente de outro religioso muito ligado ao Inter, o ex-padre Claudionir Ceron, embaixador do clube.
Dom Odilo Scherer — Athletico-PR e Santos
Gaúcho de Cerro Largo, mas com uma longa trajetória no Paraná, Dom Odilo, arcebispo de São Paulo, não tem ligação com clubes de sua terra natal. Ele torce, na verdade, para o Athletico Paranaense e o Santos, equipes com as quais tem uma relação afetiva devido aos anos vividos no Paraná. Scherer participou do conclave de 2013 que elegeu Francisco e, na ocasião, chegou a ser cogitado como um possível sucessor de Bento XVI.
Dom Orani Tempesta — Santos
Nascido no interior de São Paulo e hoje arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani também integra a ala santista entre os cardeais brasileiros.
Dom João Braz de Aviz — Palmeiras
O Palmeiras também tem uma chance em dobro de ser o time do coração do novo papa. Arcebispo emérito de Brasília, Dom João foi palmeirense na juventude. Hoje, não mantém a mesma ligação com o time.
Dom Sérgio da Rocha — Palmeiras
Atual arcebispo de Salvador e ex-presidente da CNBB, Dom Sérgio também se declara torcedor do alviverde.
Dom Paulo Cezar Costa — Vasco
Comandando a Arquidiocese de Brasília, Dom Paulo é vascaíno. Pertencente à ala mais jovem do episcopado brasileiro, foi nomeado cardeal por Francisco em 2022.
Dom Raymundo Damasceno Assis — Botafogo
Aos 87 anos, Dom Damasceno não tem direito a voto no conclave, mas permanece elegível ao papado. Arcebispo emérito de Aparecida, em São Paulo, é torcedor do glorioso carioca.
Dom Leonardo Steiner — Criciúma e Inter de Milão
Arcebispo de Manaus e um nome de destaque nas discussões sobre a Amazônia, Dom Leonardo é um dos raros cardeais que não torcem para um clube do eixo Rio-São Paulo. Natural de Forquilhinha (SC), ele é um apaixonado pelo Criciúma e também tem uma simpatia pela Inter de Milão.
Fé e futebol
Durante os doze anos de papado, Francisco nunca escondeu sua paixão pelo futebol e, principalmente, pelo Club Atletico San Lorenzo de Almagro. Era um autêntico “corvo”, como são chamados os torcedores do time. A equipe do coração de Francisco fez uma homenagem ao pontífice após sua morte.
“Nunca foi apenas mais um e sempre foi um dos nossos. Cuervo desde criança e como homem… Cuervo como sacerdote e cardeal… Cuervo também como Papa…”, escreveu o San Lorenzo no X, antigo Twitter.
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