A China assinou uma carta de intenção com exportadores na Argentina para comprar cerca de US$ 900 milhões em soja, milho e óleo vegetal, a mais recente indicação de que a nação asiática evitará importar dos EUA durante a guerra comercial do presidente Donald Trump.
Funcionários chineses estiveram em Buenos Aires na quarta-feira (7) para assinar o acordo não vinculativo, segundo duas pessoas a par do assunto, que não puderam ser nomeadas discutindo conversas privadas.
O jornal argentino Clarin foi o primeiro a noticiar a notícia.
A China já é o maior comprador de soja não processada da Argentina. Ela adquire também algum óleo de soja argentino e, no ano passado, abriu suas portas para o milho do país.
Embora não seja o primeiro acordo do gênero, um compromisso com as culturas argentinas tão grande e feito antecipadamente pela China é incomum. E sua concretização em meio a uma guerra comercial é um sinal de que a China está preparada para manter as tarifas sobre os EUA — em retaliação às taxas impostas por Trump — e buscar, em vez disso, culturas da América do Sul.
O escritório de imprensa em Buenos Aires da empresa comercial chinesa Cofco International afirmou em um comunicado nesta quinta-feira (8) que chegou a um entendimento com a Sinograin, a empresa estatal responsável por gerenciar as reservas estratégicas de alimentos da China, “para estender o fornecimento de commodities agrícolas da Argentina para a China e explorar uma cooperação a longo prazo mais ampla”.
Separadamente, o Grupo Fufeng da China está interessado em construir uma fábrica de processamento de milho, disse a Sociedade Rural Argentina no mês passado, em uma postagem no X.
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