O presidente russo, Vladimir Putin, recebeu quase trinta líderes mundiais, entre eles Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para as celebrações do Dia da Vitória em Moscou, nesta sexta-feira, 9. A data celebra a derrota da Alemanha nazista pela União Soviética e seus aliados em 9 de maio de 1945, encerrando a II Guerra Mundial, que agora completa 80 anos. O Brasil enviou soldados que lutaram na coalizão dos aliados.
Com a presença de aliados, como o líder brasileiro e o presidente chinês, Xi Jinping, além de dezenas de líderes da antiga União Soviética, África, Ásia e América Latina, a Rússia tenta demonstrar que não está isolada em meio às sanções econômicas do mundo ocidental – uma retaliação contra a guerra na Ucrânia. Da Europa, apenas os líderes da Sérvia e da Eslováquia estavam presentes nos eventos.
Que, aliás, entrou em pausa de três dias por declaração unilateral de Putin. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não acatou a proposta e afirmou que se tratava de uma tentativa “pouco séria” de manter as celebrações do feriado russo, uma das datas mais sagradas do calendário que conversa com a identidade nacional, azeitadas, além de tentar projetar uma suposta imagem de pacificador.
Antes do desfile, Lula participou de um jantar nesta quinta-feira 8, em Moscou, oferecido pelo presidente da Rússia. O encontro no Kremlin, sede do governo e residência oficial do líder russo, reuniu as autoridades que viajaram para as celebrações do aniversário de 80 anos do Dia da Vitória.



Críticos do petista e políticos da oposição questionaram a participação do presidente em um evento utilizado como propaganda política de Putin, desgastado na comunidade internacional pelos mais de três anos de guerra com a Ucrânia.
Nas redes sociais, Lula defendeu que a viagem faz parte de uma busca mais ampla por multilateralismo.
“A vinda à Rússia reafirma nosso compromisso com o multilateralismo. Iremos assinar acordos de cooperação em ciência e tecnologia e buscar a ampliação das nossas parcerias comerciais”, declarou o presidente.
Ele ficará no país até o sábado, 10, depois segue para Pequim, na China, por ocasião de uma visita de Estado e do Fórum China-CELAC, nos dias 12 e 13 de maio. Na capital chinesa, a previsão é que ocorra assinatura de atos em diversas áreas.
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