9 de maio de 2025

Verso de ‘profecia’ bíblica do Apocalipse viraliza…

A eleição de Leão XIV, o primeiro papa americano, nesta quinta-feira, 8, gerou burburinho entre evangélicos nas redes sociais. O motivo foi o suposto cumprimento de uma profecia estabelecida em Apocalipse 13, na Bíblia. O texto sagrado faz referência ao surgimento de duas bestas, por terra e mar, que simbolizam o poder político e religioso, respectivamente. A escolha do cardeal representaria exatamente isso: a emergência das bestas, já que os Estados Unidos, onde Leão nasceu, são o país mais poderoso do mundo.

O último livro da Bíblia, no verso 13, começa: “E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia”. No segundo versículo, diz que “era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a boca de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio”.

Usuários evangélicos logo destacaram o trecho “boca de leão”, em referência ao nome escolhido por Robert Prevost, e que se tratava da “profecia”. Outro ponto foi levantado por evangélicos: o fato de que trata-se de Leão XIV (14). Ou seja, ele seguiria o capítulo 13 da Bíblia. A comparação entre o papa e o anticristo, no entanto, é comum desde a Reforma Protestante.

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Mais tarde, no versículo 11, é citado o despontar da besta da terra, destacando a importância do poder político para que a besta do mar seja reverenciada. “E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada”, escreveu o apóstolo João. Seria, então, o fim dos tempos.

+ O que escolha do nome do papa Leão XIV pode adiantar sobre seu pontificado

Quem é Robert Prevost

Prevost, nascido em Chicago, é visto como um clérigo que transcende fronteiras. Há muito tempo existe um tabu contra um papa americano, dado o poder geopolítico já exercido pelos Estados Unidos na esfera secular. Mas ele serviu por duas décadas no Peru, onde se tornou bispo e se naturalizou cidadão, e depois ascendeu a líder máximo de sua ordem religiosa, a de Santo Agostinho, que opera em cinquenta países e tem como foco a vida em comunidade e a igualdade entre seus membros.

Se papa Francisco era conhecido como “o argentino mais europeu possível”, devido à sua ancestralidade italiana, o jornal italiano La Repubblica chamou Prevost de “o menos americano dos americanos” por sua fala mansa.

Antes de sua eleição como papa, ele ocupava um dos cargos mais influentes no Vaticano, como prefeito do Dicastério dos Bispos, que analisa as indicações de bispos do mundo todo. Como resultado, ao entrar na Capela Sistina para o conclave, desfrutava de uma proeminência que poucos outros cardeais tinham.

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