Uma nova mina de cobre ainda inexplorada, localizada entre a Argentina e o Chile, é hoje a maior descoberta do tipo em três décadas — segundo a Lundin Mining, sócia da BHP no projeto Filo del Sol.
De acordo com anúncio da mineradora na semana passada, o depósito contém pelo menos 13 milhões de toneladas de cobre, além de quantidades significativas de ouro e prata. Os trabalhos de perfuração continuam em curso e os volumes estimados ainda estão sendo atualizados — com tendência de crescimento.
Além da quantidade colossal de cobre, o depósito também guarda 32 milhões de onças de ouro e 659 milhões de onças de prata, números que colocam Filo del Sol entre as maiores reservas polimetálicas conhecidas. Só em prata, o volume da reserva dá pouco mais de 70% do que deve ser produzido neste ano. E o ouro, se convertido a preços de hoje, beira os US$ 70 bilhões em valor bruto.
Para além dos números, o anúncio toca em um nervo exposto do mercado global: o mundo quer mais cobre, mas os projetos novos estão cada vez mais escassos e caros de desenvolver. A demanda pelo metal, essencial para a transição energética, só cresce — impulsionando fusões, déficits crônicos e expectativas de preços persistentemente altos.
“Essa primeira estimativa de recurso mineral destaca o potencial de um dos projetos de cobre de maior teor e a céu aberto ainda não desenvolvidos do mundo — e uma das maiores reservas globais de ouro e prata”, afirmou o CEO da Lundin Mining, Jack Lundin.
A BHP, maior mineradora do planeta, comprou a Filo Corp. por US$ 3 bilhões no ano passado justamente para pôr as mãos no Filo del Sol e no vizinho Josemaría — dois depósitos localizados na divisa entre Argentina e Chile. A expectativa é que ambos levem anos (e bilhões) para se tornarem minas operacionais.
© 2025 Bloomberg LP
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