A JBS registrou uma alta de 77,6% no lucro líquido e alcançou os R$ 2,9 bilhões no primeiro trimestre deste ano, segundo dados publicados nesta terça-feira (13).
Ainda, a companhia anunciou em seu balanço que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 8,9 bilhões, com um avanço de 38,9% no período.
A margem Ebitda também cresceu em relação ao primeiro trimestre do ano passado e fechou em 7,8%.
Segundo a JBS, os números refletem o “segundo melhor primeiro trimestre da história com os resultados de janeiro a março de 2025”, à medida que o cenário trimestral da companhia desafia uma sazonalidade tradicionalmente mais fraca, comparada com os demais períodos, de abril a dezembro.
“O começo do ano, geralmente, enfrenta o impacto do menor consumo após as festas de fim de ano e, no hemisfério norte, um inverno que também arrefece o consumo”, disse a empresa.
A receita líquida da JBS foi de R$ 114,1 bilhões, representando um aumento de 28% comparado com o mesmo trimestre do ano passado.
No período, 76% das vendas globais foram em mercados domésticos onde a empresa de frigoríficos atua, enquanto 24% se deu por meio de exportações.
De acordo com a JBS, a empresa se beneficiou do incremento estratégico no portfólio de produtos de valor agregado nas unidades de aves e suínos.
Já no segmento de carne bovina, o avanço da receita líquida reflete o crescimento dos volumes vendidos, tanto nos mercados domésticos em que atua como no internacional.
Os resultados mostram que, de janeiro a março deste ano, a divisão JBS Brasil apresentou receita líquida de R$ 18,5 bilhões que, comparado com o mesmo período do ano passado, representa crescimento de 30%.
Da mesma forma, o Ebitda ajustado cresceu 19% e fechou o em R$ 766,1 milhões.
Enquanto a JBS Beef North America apresentou receita líquida de R$ 37,5 bilhões, com um crescimento de 36% no primeiro trimestre comparado com o mesmo período do ano passado.
No entanto, a divisão que atua nos EUA e no Canadá teve um Ebitda ajustado negativo de R$ 587,2 milhões — o que reflete a pressão do ciclo pecuário, segundo a JBS.
Já a JBS USA Pork registrou crescimento de 24% na receita líquida e fechou o primeiro trimestre deste ano em R$ 11,7 bilhões. O Ebitda foi de R$ 1,4 bilhão e margem de 12,4%.
A JBS Austrália apresentou receita líquida de R$ 9,5 bilhões, com um crescimento de 32% nos primeiros três meses do ano em relação ao mesmo período de 2024. Na mesma comparação, o Ebitda ajustado cresceu 53% e fechou em R$ 937,2 milhões.
A Seara teve seu melhor primeiro trimestre da história, com receita líquida de R$ 12,6 bilhões, um avanço de 22%.
No mesmo período, o Ebitda ajustado alcançou R$ 2,5 bilhões e margem de 19,8%.
De acordo com a JBS, a estratégia da Seara tem sido investir em inovações e novas tendências, com o lançamento dos snacks em parceria com a Netflix, por exemplo, e os produtos para air fryer.
A Pilgrim’s também teve seu melhor primeiro trimestre da história, com uma receita líquida de R$ 26,1 bilhões no período, sendo 21% superior comparado com o primeiro trimestre de 2024.
Assim, a alavancagem em dólar da JBS caiu, concluindo o primeiro trimestre de 2025 em 1,99x. Em caixa, a companhia fechou os primeiros três meses do ano com R$ 29,7 bilhões e US$ 3,4 bilhões disponíveis em linhas de crédito rotativas.
Especialistas: Brasil pode liderar transição para mercado de baixo carbono
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