14 de maio de 2025

‘Referência’ e ‘farol’: Líderes internacionais se…

Líderes internacionais reagiram à morte do ex-presidente uruguaio José “Pepe” Mujica, nesta terça-feira, 13, devido a um câncer metastático no esôfago. Na véspera, a sua esposa, a ex-vice-presidente Lucía Topolanski, revelou que a doença havia alcançado a fase “terminal” e que Mujica estava em “cuidados paliativos”. Ele chegou a cogitar a votar nas eleições departamentais de domingo, 11, mas não tinha forças para a viagem de carro e foi desaconselhado por seu médico.

O presidente do Uruguai, Yamandú Orsi, utilizou o X, antigo Twitter, para informar sobre a morte do “companheiro” Mujica, definido por ele como “presidente, ativista, referência e líder”, concluindo: “Obrigado por tudo o que nos deu e pelo seu profundo amor pelo seu povo”.

Já o ex-presidente uruguaio Luis Lacalle Pou prestou seus “respeitos e cumprimentos ao seu partido político, ao seu povo e à sua companheira de vida. Inclino-me a destacar os aspectos positivos e as semelhanças”.

“Entre outros, fico com a imagem da viagem ao Brasil para a posse de Lula. Descanse em paz”, escreveu ele.

Em nota, Ministério das Relações Exteriores (MRE) indicou que recebeu “com profundo pesar” a notícia da morte do ex-presidente do Uruguai, descrito como um “grande amigo do Brasil” e “um dos mais importantes humanistas de nossa época”. O comunicado também salienta que “o legado de “Pepe” Mujica permanecerá, guiando todas e todos aqueles que genuinamente acreditam na integração de nossa região como caminho incontornável para o desenvolvimento e na nossa capacidade de construir um mundo melhor para as futuras gerações”.

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O presidente do Chile, Gabriel Boric, mandou um “abraço a Lucía” e disse que Mujica deixa “a esperança insaciável de que as coisas podem ser feitas melhor” e a “convicção inabalável de que, enquanto nossos corações baterem e houver injustiça no mundo, vale a pena continuar lutando”, mas desabafou: “imagino que você esteja partindo preocupado com a amargura que o mundo vive hoje”.

Na Colômbia, Gustavo Petro destacou que o uruguaio foi um “grande revolucionário” e fez um apelo à integração da América Latina.

“Adeus, amigo. Espero que um dia a América Latina tenha um hino. Espero que um dia a América do Sul se chame Amazônia. Hoje, acredito firmemente que o projeto de integração latino-americana passa pela construção, como a União Europeia, de uma União Grancolombiana que, no coração da América Latina e do Caribe, dê o passo decisivo para a integração”, acrescentou Petro.

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O presidente da Bolívia, Luis Arce, exclamou: “Voe alto, querido Pepe!”. Mujica foi “um verdadeiro farol de esperança, humildade e luta pela justiça social. Sua vida foi um testemunho de rebelião e amor ao seu povo”, segundo Arce. O revolucionário mostrou a “importância de não desistir de nossa missão por um mundo mais justo e unido”.

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