17 de maio de 2025

Terceiro dia de chuva de bombas israelenses deixa…

Novos ataques israelenses na Faixa de Gaza mataram pelo menos 100 pessoas nesta sexta-feira 16, no terceiro dia de uma ofensiva intensa de bombardeios vindos de Israel contra o território palestino. 

Autoridades de saúde do enclave disseram que 66 corpos foram levados para o Hospital Indonésio, enquanto outros 16 teriam sido levados para o Hospital Nasser, no sul do território, onde ataques aéreos atingiram os arredores de Deir al-Balah e Khan Younis.

Caças israelenses bombardearam a cidade de Beit Lahiya, no norte de Gaza, e o campo de refugiados de Jabalia nas últimas horas, forçando centenas de moradores a deixarem suas casas para tentar escapar dos ataques. Residências foram bombardeadas sem qualquer aviso prévio para que as civis deixassem as áreas, segundo autoridades médicas do enclave.

Os militares israelenses também atingiram um veículo civil em Khan Younis, matando pelo menos quatro civis, três deles crianças, e bombardearam uma casa na mesma cidade, deixando sete mortos.

Os ataques desta sexta-feira ocorreram após dois dias de intensas salvas de bombas, que mataram cerca de 170 palestinos ao todo. Na quinta-feira, foi registrado o maior número de mortos em um só dia desde que Israel voltou a atacar a Faixa de Gaza, em 18 março, com mais de 100 vítimas. De acordo com Tel Aviv, a tática visa forçar concessões do grupo terrorista Hamas, que ainda mantém 59 reféns israelenses capturados em outubro de 2023.

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As autoridades de saúde disseram que pelo menos 120 palestinos ainda estão desaparecidos e que as operações de resgate ainda estão em andamento no norte de Gaza.

Os exército de Israel não fez comentários sobre os ataques de quarta e quinta. As Nações Unidas estimam que 70% do território seja agora uma “zona proibida” ou esteja sob ordem de retirada emitida pelo governo israelense.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram nesta sexta-feira que realizaram ofensivas aéreas contra mais de 150 supostos “alvos terroristas” na Faixa de Gaza, incluindo postos de lançamento de mísseis antitanque, celas de agentes e edifícios usados por grupos terroristas para realizar ataques às forças israelenses. 

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Bloqueio total a Gaza

Em 2 de março, o governo israelense voltou a impor um bloqueio total a Gaza, impedindo a entrada de ajuda humanitária, como alimentos, água e combustível. Segundo as Nações Unidas, a população inteira do enclave está em “risco crítico” de fome e enfrenta “níveis extremos de insegurança alimentar”.

Durante uma visita aos Emirados Árabes Unidos, terceira e última parada de um giro de quatro dias pelo Oriente Médio que excluiu Israel, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na sexta-feira que é preciso ajudar os palestinos, porque “muitas pessoas em Gaza estão passando fome”.

+ Trump admite que ‘muitos passam fome em Gaza’ em meio a bloqueio de Israel

“Estamos olhando para Gaza, e temos que cuidar disso”, disse Trump em Abu Dhabi. “Muitas pessoas estão morrendo de fome, muitas pessoas. Há muitas coisas ruins acontecendo.”

O Hamas insistiu na quinta-feira que a restauração da assistência humanitária ao território devastado pela guerra era “o requisito mínimo” para a retomada de negociações de cessar-fogo. Uma trégua de um mês fracassou em 18 de março, após impasses que fizeram Israel desistir de implementar uma segunda fase do acordo.

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