17 de maio de 2025

Último hospital oncológico de Gaza deixa de funcio…

O último hospital que oferecia tratamento oncológico e cardíaco na Faixa de Gaza parou de funcionar após ser atingido por um bombardeio israelense, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na quinta-feira 15.

O Hospital Europeu, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, foi atingido na terça-feira por um ataque israelense que supostamente tinha como alvo o líder do Hamas, Mohammad Sinwar. O chefe de enfermagem do hospital, Saleh Al Hams, relatou à emissora americana CNN que o pátio do prédio foi atingido múltiplas vezes e que pessoas foram soterradas, no que definiu como “uma catástrofe”.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que o ataque de terça-feira deixou o Hospital Europeu “gravemente danificado e inacessível”, interrompendo “serviços vitais, como neurocirurgia, atendimento cardíaco e tratamento de câncer, que não estão disponíveis em nenhum outro lugar da Faixa de Gaza”.

“Não é mais funcional”, disse Ghebreyesus sobre o hospital, acrescentando que uma equipe da OMS havia ajudado os profissionais de saúde que estavam trabalhando durante o ataque israelense a deixarem o Hospital Europeu.

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“Os ataques não distinguem civis e combatentes”, disse Abu Ghaly, funcionário da unidade de saúde. “Este é um hospital civil que recebe feridos continuamente, 24 horas por dia.”

O fechamento do hospital ocorre em meio a uma ofensiva intensa de bombardeios vindos de Israel contra o território palestino. Na sexta-feira, pelo menos 100 pessoas foram mortas por ataques israelenses em Gaza.

Sistema de saúde em colapso

Em 2 de março, Israel impôs um bloqueio total a Gaza, impedindo a entrada de alimentos, medicamentos, combustível e outros suprimentos ao território onde vivem mais de 2 milhões de palestinos.

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Diversas agências de ajuda humanitária alertaram que o bloqueio está levando o devastado sistema de saúde de Gaza a um colapso.

O Hospital Europeu era o único em funcionamento em Khan Yunis. Após seu fechamento, a ONG Médicos sem Fronteiras (MSF) denunciou que os hospitais que restaram na Faixa de Gaza, “a maioria deles funcionando parcialmente, estão constantemente sobrecarregados”.

“Os repetidos ataques a estabelecimentos de saúde são mais um exemplo das medidas tomadas pelas autoridades israelenses para tornar a Faixa de Gaza inabitável”, denunciou a ONG.

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