A Azul está em negociações avançadas com credores para um financiamento de aproximadamente US$ 600 milhões que apoiaria a empresa durante um potencial Chapter 11 que poderia ocorrer já na próxima semana, de acordo com pessoas com conhecimento do assunto.
A Azul e seus credores têm explorado alternativas, incluindo o Chapter 11, o equivalente à recuperação judicial brasileira, conforme informou a Bloomberg anteriormente. A companhia aérea busca negociar uma reestruturação da dívida diante da queda da receita e dos próximos pagamentos de cupons, disseram fontes.
Títulos vencendo
A Azul tem US$ 52,2 milhões em juros vencendo neste mês em títulos corporativos, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
As discussões estão em andamento e os planos não são definitivos, mas a Azul busca obter apoio suficiente dos credores para um acordo de suporte à reestruturação, acrescentaram algumas das fontes.
A Azul mantém um diálogo produtivo com seus investidores desde 2024 para encontrar maneiras de garantir a sustentabilidade da empresa, disse a empresa em um comunicado. A aérea está constantemente avaliando maneiras de melhorar a liquidez e sua estrutura de capital, sem deixar de honrar os compromissos e a qualidade de seus serviços e atendimento ao cliente.
Ações
As ações da empresa chegaram a cair 7,4% nesta quarta-feira (21), sexto dia consecutivo de queda, sendo negociada a níveis historicamente baixos.
A companhia aérea com dificuldades financeiras levantou quase R$ 1,7 bilhão no mês passado por meio de uma oferta pública de ações que incluiu a conversão obrigatória de dívida em capital. Os credores também forneceram R$ 600 milhões em novo capital para respaldar a oferta e fortalecer a liquidez.
Um pedido de recuperação judicial da Azul a tornaria a última das três principais companhias aéreas do Brasil a fazê-lo. A Gol Linhas Aéreas Inteligentes, que o fez em janeiro de 2024, anunciou na terça-feira que espera sair da recuperação judicial no início de junho.
Além do efeito contínuo dos impactos da pandemia de Covid-19, a alta do dólar inflou as despesas da Azul — incluindo pagamentos de arrendamento e custos de combustível atrelados à moeda americana.
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