Evento promovido pela OAB/MS abordou comorbidades, inclusão social e apoio às famílias atípicas

O Congresso Autismo sem Fronteira reuniu aproximadamente 1,5 mil pessoas neste sábado (24). O evento contou com palestras de especialistas sobre comorbidades, direitos e avanços na área da neurologia infantil relacionados ao TEA (Transtorno do Espectro Autista).
O Congresso Autismo sem Fronteira, realizado neste sábado (24), reuniu cerca de 1,5 mil pessoas para discutir temas relacionados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). O evento, organizado pela OAB/MS em parceria com o IEPSIS, contou com palestras sobre comorbidades, direitos e avanços na neurologia infantil.Especialistas destacaram a importância do suporte familiar no tratamento de pessoas autistas e abordaram a questão do “aborto social” – negação de direitos essenciais. O congresso contou com a participação de autoridades locais e proporcionou espaço para compartilhamento de experiências entre familiares de pessoas com TEA.
O debate foi organizado pela OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso do Sul), por meio da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Autismo, em parceria com o IEPSIS (Instituto de Ensino e Pesquisa em Saúde e Inclusão Social).
Durante o evento, o neurologista infantil e diretor científico do IEPSIS, Paulo Liberalesso, destacou a importância do compartilhamento de informações sobre o TEA com familiares e demais pessoas que convivem com autistas.
“A criança autista será um adulto autista, um idoso autista, e quem está ao lado dela em toda essa trajetória é a família. Por isso, ter uma família bem orientada e treinada, não só para a intervenção, mas para o acompanhamento completo, é um dos pilares do tratamento”, reforçou.
Já a assistente social, mestre em Saúde, doutoranda em Educação e diretora do IEPSIS, Emília Gama, abordou a negação de direitos a autistas, prática que ela denominou de “aborto social”.
“Quando esses direitos essenciais não são garantidos, o que se retira é a dignidade da vida dessa pessoa. Essa exclusão não atinge só a criança ou o adulto com autismo, mas adoece toda a família, especialmente a saúde mental das mães, que muitas vezes carregam um peso enorme de responsabilidades e desafios”, destacou.
Na platéria, a mãe atípica de um menino de 8 anos que está no espectro autista nível 1, Kátia Kuratone relatou suas inseguranças ao descobrir o diagnóstico do filho. Para ela, o evento foi uma oportunidade para aprender e oferecer um suporte melhor.
“Receber o diagnóstico do Arthur foi um choque enorme, uma mistura de medo, dúvidas e incertezas. Mas, ao mesmo tempo, entendi que era preciso aceitar a realidade e buscar o melhor caminho para meu filho”, afirmou.
O evento também contou com a presença do presidente da OAB/MS, Bitto Pereira; da consultora da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Autismo da OAB/MS, Chayene Marques; do deputado federal Marcos Pollon; e da secretária de Cidadania do Estado de Mato Grosso do Sul, Viviane Luiza da Silva.
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