A Rússia mobilizou 367 mísseis e drones para lançar o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde a escalada do conflito entre os dois países, em 2022, segundo a Força Aérea Ucraniana. A ofensiva iniciada na noite de sábado, 24, matou ao menos 14 pessoas, incluindo três crianças, enquanto dezenas ficaram feridos.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a inação da comunidade internacional após os ataques. “O silêncio dos Estados Unidos e o silêncio de outros ao redor do mundo apenas encoraja [Vladimir] Putin (presidente da Rússia)”, disse na manhã deste domingo, 25, em publicação na rede social X (ex-Twitter). Atualmente, a Rússia controla cerca de 20% do território ucraniano, incluindo a Crimeia, região anexada pelos russos há mais de dez anos, em 2014.
A Força Aérea Ucraniana diz que destruiu 45 mísseis e 266 drones que faziam parte do ataque. Os esforços de defesa não foram suficientes, contudo, para impedir que 22 locais fossem atingidos pelos ataques russos. Segundo Zelensky, operações de resgate estão sendo realizadas em trinta cidades e vilarejos.
O Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia diz que oitenta edifícios residenciais foram atingidos e 27 incêndios foram contabilizados, culminando no ferimento de mais de setenta pessoas. Quatro pessoas morreram na região da capital Kiev, onde moradores buscaram proteção dentro das estações de metrô. A ofensiva russa ocorreu na chegada do Dia de Kiev, data celebrada na capital ucraniana no último domingo de maio.
Zelensky lamentou as mortes decorrentes do ataque e pediu mais firmeza da comunidade internacional, através do estabelecimento de novas sanções contra a Rússia, para pressionar pelo fim da guerra. “São ataques deliberados em cidades comuns. Prédios residenciais comuns foram destruídos e danificados”, disse.
O líder ucraniano divulgou que dormitórios do departamento de História da Universidade de Kiev foram atingidos, colocando a vida de estudantes em risco. “Ataques terroristas russos como esses são razão suficiente para novas sanções contra a Rússia”, escreveu Zelensky.
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