Coreia do Norte acusa EUA de transformar espaço em…

A Coreia do Norte alertou nesta segunda-feira, 26, que a construção do escudo antimísseis Golden Dome (Domo de Ouro, em português) nos Estados Unidos pode “transformar o espaço sideral em um potencial campo de guerra nuclear”. O Ministério das Relações Exteriores de Pyongyang definiu o plano futurístico americano como “o cúmulo da hipocrisia e da arrogância” e alegou que os EUA estão determinados a “militarizar o espaço sideral”, o que aumenta os riscos para “uma corrida armamentista nuclear e espacial global”.

O posicionamento norte-coreano segue as críticas da China. Na semana passada, Pequim afirmou que estava “seriamente preocupada” com o domo, que terá “fortes implicações ofensivas”. O Ministério das Relações Exteriores chinês apontou que Washington adota “uma política de ‘EUA em primeiro lugar’”, afirmando que os Estados Unidos estão “obcecados em buscar segurança absoluta para si mesmos”.

“Isso viola o princípio de que a segurança de todos os países não deve ser comprometida e prejudica o equilíbrio estratégico e a estabilidade globais”, afirmou a chancelaria da China.

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Anúncio de Trump

Na última terça-feira, 20, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o audacioso projeto. Ele adiantou que o sistema deve entrar em operação antes do final do seu mandato, em janeiro de 2029, e que o Canadá tem interesse em participar do projeto por querer “proteção”. As estimativas, segundo o republicano, são de que o dispositivo de defesa custará cerca de US$ 175 bilhões (mais de R$ 992 bilhões).

“Acreditamos que levará cerca de menos de três anos e teremos uma grande fase. E, na verdade, começaremos imediatamente com US$ 25 bilhões. Custará cerca de US$ 175 bilhões para ser concluído. Mas acreditamos que em dois anos e meio a três anos”, disse ele a repórteres.

“É incrível como é fácil financiar isso. Sabe, alguns financiamentos são difíceis e outros são fáceis, quando dizemos que vamos salvar a vida de todos em um mundo louco, isso parece ser muito fácil de conseguir. Sim, já falamos com todos com quem precisamos falar”, acrescentou após um jornalista indagar se o plano obteria apoio do Congresso dos EUA.

O líder americano informou que o general Michael Guetlein, vice-chefe de operações espaciais, estará à frente do projeto. Ele também disse que “tudo” que será utilizado na construção do escudo será de fabricação dos Estados Unidos. Trump foi, então, questionado sobre quais empresas participariam da iniciativa. Ele respondeu, sem dar detalhes, que “o Alasca está envolvido, o Alasca é uma grande parte dele porque a localização é perfeita”, explicando: “Acho que é sua primeira linha de defesa em certos casos”.