
O governo chinês decidiu proibir não apenas a importação de aves brasileiras como também de todos os produtos que contenham derivados delas. A Alfândega da China informou que produtos que forem interceptados tentando ingressar no país serão devolvidos ou destruídos.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 30, pela Reuters. O comunicado da Alfândega chinesa também diz que produtos de origem animal e vegetal que venham do Brasil precisarão passar por uma inspeção e não podem ser descartados sem autorização oficial dos órgãos de governo.
No dia 16 de maio, o Ministério da Agricultura do Brasil detectou um caso de gripe aviária em uma granja do Rio Grande do Sul. Entre humanos, a doença não é contagiosa como a Covid-19, por exemplo, mas tem uma taxa de letalidade altíssima em seres humanos. Carlos Fávaro, chefe da pasta, disse que se as medidas sanitárias obtiverem sucesso, o país estará livre da doença em no máximo 28 dias após a detecção.
Apesar da resposta rápida do governo, o impacto econômico foi inevitável. Em poucos dias, mais de sessenta países de todo o mundo anunciaram a suspensão das importações de frango brasileiro — o Brasil é um dos maiores produtores da mercadoria e o maior exportador do mundo. É a primeira vez que o vírus do H5N1 é encontrado em granjas nacionais.
Nesta semana, Fávaro foi convocado para depor na Comissão de Agricultura do Senado para explicar aos parlamentares as medidas que o governo está adotando para combater a disseminação da gripe aviária. Como mais de um terço de todo o frango produzido no Brasil vai para as exportações, há uma grande preocupação do mercado com os prejuízos que podem se consolidar.
Além do primeiro caso, confirmado em Montenegro, no Rio Grande do Sul, surgiram novas suspeitas em Santa Catarina, Ceaára, Tocantins e Pará. O prazo inicial de 28 dias mencionado por Fávaro só poderá ser cumprido se essas novas suspeitas não se confirmarem.
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