5 de junho de 2025

Herdeiro da Red Bull transfere participação de US$ 1,1 bilhão para empresa fiduciária em Genebra

Quando um profissional de marketing austríaco e um empresário tailandês decidiram lançar a Red Bull para o mundo, estabeleceram uma estrutura de propriedade simples: cada um deteria 49% do empreendimento. Chalerm Yoovidhya, filho do empresário tailandês, ficou com os 2% restantes e os manteve por cerca de quatro décadas, enquanto a Red Bull se tornava um sucesso estrondoso e transformava ele, seu pai e pelo menos outros nove membros da família em bilionários.

Em 20 de maio, Chalerm transferiu essa participação para a Fides Trustees SA, uma empresa fiduciária com sede em Genebra, de acordo com um documento regulatório austríaco publicado no registro corporativo na segunda-feira (2).

O documento não especificou por que a participação foi transferida, onde ela eventualmente será destinada ou quem será seu beneficiário final. Ela vale cerca de US$ 1,1 bilhão, de acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg.

“Soluções fiduciárias como essa são comuns para garantir a continuidade a longo prazo em empresas grandes e bem-sucedidas”, disse um porta-voz da Red Bull por e-mail, recusando-se a comentar mais sobre decisões internas da empresa ou da família.

Representantes do TCP Group, controlado pela família Yoovidhya, não responderam ao nosso e-mail solicitando comentários.

Consultoria

A Fides Trustees afirma que seus “clientes são tipicamente famílias e indivíduos internacionais com patrimônio líquido alto e ultra-alto” e que trabalha com eles e seus consultores para revisar suas estruturas pessoais, conforme as circunstâncias familiares mudam. A Fides não respondeu imediatamente a um pedido de entrevista.

O documento foi assinado por Chalerm, de 74 anos, e pelos três executivos que lideraram a Red Bull desde a morte de Dietrich Mateschitz, o cofundador austríaco da empresa, em 2022. Seu sócio e cofundador tailandês, Chaleo Yoovidhya, faleceu em 2012.

A parceria começou na década de 1980, quando Mateschitz viajou para a Tailândia e experimentou uma tônica local sem gás que curou instantaneamente seu jet lag.

Ele abordou Chaleo, um empresário que vendia a tônica no Sudeste Asiático, e sugeriu que os dois introduzissem a bebida. Uma mudança crucial: ela seria gaseificada.

Seu lançamento em 1987, sob o slogan “Dá asas”, ajudou a criar toda a indústria de bebidas energéticas como é conhecida hoje. A empresa vendeu 12,7 bilhões de latas de sua bebida com cafeína no ano passado, gerando € 11,2 bilhões (US$ 12,8 bilhões) de receita.

Liderança da Áustria

As operações globais da Red Bull são lideradas pela Áustria desde a criação da empresa. Ela se tornou um dos maiores impérios de marketing esportivo do mundo, abrangendo corridas de Fórmula 1, futebol e mountain bike.

A família Yoovidhya ainda detém 49% da Red Bull, por meio de sua holding sediada em Hong Kong. A Bloomberg avalia a participação em US$ 27,9 bilhões, com base em seus resultados e no múltiplo médio de valor da empresa em relação às vendas de quatro empresas de capital aberto. O filho de Mateschitz, Mark, detém os 49% restantes.

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