O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira, 5, que foi “gentilmente” convidado pelo seu homólogo chinês, Xi Jinping, para uma visita à China durante um telefonema “muito bom”. Na Truth Social, rede social da qual é dono, o republicano informou que os dois conversaram sobre “algumas das complexidades do nosso acordo comercial recentemente feito e acordado”, em referência à trégua da guerra tarifária de 90 dias entre Washington e Pequim, firmada no início de maio.
“A ligação durou aproximadamente uma hora e meia e resultou em uma conclusão muito positiva para ambos os países. Não deve haver mais dúvidas quanto à complexidade dos produtos de Terras Raras. Nossas respectivas equipes se reunirão em breve em um local a ser definido”, escreveu Trump.
“Durante a conversa, o Presidente Xi gentilmente convidou a Primeira-Dama e a mim para visitar a China, e eu retribuí. Como presidentes de duas grandes nações, isso é algo que ambos ansiamos por fazer. A conversa se concentrou quase que exclusivamente em COMÉRCIO”, disse ele, acrescentando que os líderes não trataram sobre Irã e Rússia.
Embora os países tenham pressionado freio nas tarifas, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse à emissora americana Fox News que os avanços para lidar com a disputa comercial têm sido lentos. No âmbito do acordo firmado em Genebra, os Estados Unidos reduziram as taxas impostas sobre produtos da China de 145% para 30%. Por sua vez, impostos retaliatórios chineses sobre produtos americanos caíram de 125% para 10%.
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Críticas da China
A China acusou Washington nesta segunda-feira, 2, de “violar gravemente” a frágil trégua. Um porta-voz do Ministério do Comércio chinês afirmou que a administração Trump “prejudicou seriamente” o acordo firmado em Genebra. Segundo Pequim, as violações incluem interrupção de vendas de software de design de chips de computador para empresas chinesas, alertas contra o uso de chips feitos pela gigante tecnológica chinesa Huawei e o cancelamento de vistos para estudantes chineses.
“O governo dos EUA provocou unilateral e repetidamente novos atritos econômicos e comerciais, exacerbando a incerteza e a instabilidade nas relações econômicas e comerciais bilaterais”, disse o ministério em um comunicado.
Além disso, o porta-voz alegou que as ações dos EUA desrespeitaram o consenso alcançado durante um telefonema em janeiro entre Xi e Trump. Na sexta-feira, o republicano também anunciou que iria dobrar tarifas de importação de aço e alumínio para 50%. Embora China seja a maior produtora e exportadora de aço do mundo, envia muito pouco para os Estados Unidos devido a uma tarifa de 25% imposta em 2018, que excluiu a maior parte do aço chinês do mercado. A China ocupa o terceiro lugar entre os fornecedores de alumínio.
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