10 de junho de 2025

Gritos de alívio e lágrimas marcam troca de prisio…

A Rússia e a Ucrânia trocaram nesta segunda-feira, 9, prisioneiros de guerra feridos, gravemente feridos e menores de 25 anos. O retorno dos detidos é resultado das negociações entre as delegações ucranianas e russas em Istambul, na Turquia, no início do mês, quando os dois lados do conflito concordaram em libertar 1.200 prisioneiros e repatriar os corpos de militares mortos nos combates. Sem os presidentes Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin à mesa, as tratativas não conseguiram avançar em direção a um cessar-fogo.

Nas redes sociais, o Ministério da Defesa da Ucrânia compartilhou um vídeo de um grupo de soldados saindo de ônibus. Alguns deles choram, gritam de emoção e aparecem abraçados com a bandeira do país. Segundo a agência de notícias Reuters, os militares passaram antes por um hospital no norte da Ucrânia, onde fizeram exames médicos, tomaram banho, comeram e celulares para que conseguissem falar com os seus familiares.

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O clima de comoção se tornou ainda mais intenso devido à presença de famílias, especialmente mulheres, que buscavam informações sobre soldados desaparecidos. Elas seguravam fotos na esperança de atiçar a memória de alguns dos militares soltos. Entre elas, estava Oksana Kupriyenko, 52, que levantava uma imagem de seu filho, Denys, que sumiu em setembro de 2024.

“Amanhã é meu aniversário e eu esperava que Deus me desse um presente e me devolvesse meu filho”, disse ela enquanto tentava conter as lágrimas.

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Lado russo

Não há informações sobre o número de prisioneiros intercambiados nesta rodada, mas o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que a mesma quantidade foi libertada de ambos os lados. Novas trocas serão realizadas nos próximos dias, anunciou Zelensky. No final de semana, o assessor do Kremlin, Vladimir Medinsky, informou que uma primeira lista de 640 prisioneiros de guerra havia sido enviada à Ucrânia.

Os militares russos, por sua vez, foram transportados para Belarus, aliada de Moscou. Lá, eles receberam assistência psicológica e médica antes de serem transferidos para a Rússia. Imagens transmitidas pela agência de notícias estatal russa RIA mostraram um grupo de soldados russos libertados a bordo de um ônibus, gritando: “Viva, chegamos em casa”.

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