9 de junho de 2025

Polícia recupera 500 cabeças de gado furtadas de fazenda no Paraguai

Os animais haviam sido furtados da Estância San Miguel, propriedade ligada ao ex-deputado Lalo Gómez

Polícia recupera gado furtado de fazenda vinculada a Lalo Gómez
Cabeças de gado apreendidas pela polícia paraguaia neste final de semana (Foto: ABC)

A Polícia Nacional do Paraguai recuperou cerca de 500 cabeças de gado neste domingo (8), em Yby Yaú, departamento de Concepción. Os animais haviam sido furtados da estância San Miguel, localizada em Bella Vista Norte, propriedade vinculada ao ex-deputado federal paraguaio Eulalio Gómez Batista, conhecido como Lalo Gómez.

Polícia paraguaia recupera 500 cabeças de gado roubadas de fazenda ligada a ex-deputado. Quatro pessoas foram presas, incluindo um adolescente, e oito cavalos apreendidos. Os animais foram encontrados em Yby Yaú, a cerca de 100 km da fronteira com o Brasil.O gado pertencia à fazenda San Miguel, administrada pela Senabico após a morte do ex-deputado Eulalio Gómez, em agosto de 2024. Gómez foi morto a tiros durante uma operação policial em sua residência, que buscava seu filho, Alexandre Rodrigues Gómez, acusado de lavagem de dinheiro. A legalidade da operação foi questionada devido à imunidade parlamentar do deputado.

O rebanho foi encontrado na região de Punta Porã Ñu, sendo conduzido por homens a cavalo. Quatro pessoas foram detidas, entre elas um adolescente de 16 anos. Outros envolvidos fugiram pela mata. Oito cavalos usados no transporte também foram apreendidos. As informações são do portal ABC.

A fazenda onde o gado estava registrado está a cerca de 100 quilômetros da fronteira com Mato Grosso do Sul. Após a morte do parlamentar, o imóvel passou a ser administrado pela Senabico (Secretaria Nacional de Bens Apreendidos e Decomissados).

Gómez morreu em 19 de agosto de 2024, após ser baleado durante uma ação policial em sua casa, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã. O mandado de busca foi emitido por volta das 3h, poucos minutos após a apresentação de uma acusação formal contra ele e o filho, Alexandre Rodrigues Gómez, por lavagem de dinheiro ligada ao tráfico de drogas.

A morte teve repercussão internacional e gerou questionamentos sobre a legalidade do procedimento. Como deputado, Lalo Gómez tinha imunidade parlamentar, e só poderia ser detido mediante autorização do Congresso Nacional do Paraguai. O Ministério Público do país afirmou que a busca era direcionada ao filho do deputado, que também é acusado no caso e não possui imunidade. Segundo os promotores, durante a operação os policiais foram recebidos a tiros por Lalo Gómez, o que motivou o revide.

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