Uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center e divulgada nesta quarta-feira, 11, revelou que a opinião do mundo sobre os Estados Unidos piorou após a volta do presidente Donald Trump à Casa Branca.
O levantamento, realizado entre 8 de janeiro e 26 de abril, consultou mais de 28 mil pessoas em 24 países. Os resultados apontaram que apenas 34% dos entrevistados confiam em Trump para “fazer a coisa certa” em assuntos internacionais, enquanto 62% expressaram pouca ou nenhuma confiança.
Questionados sobre quais características pessoais descreviam o presidente americano, a resposta mais comum (80%) foi “arrogante”, seguida de “strongman” (67%) – algo como “autoritário” ou “autocrata”, em português –, “perigoso” (65%) e compreensivo quando o assunto são “problemas complexos” (40%). A maioria não acredita que o presidente americano seja “diplomático” ou “bem qualificado para ser presidente”, com apenas 41% dos entrevistados atribuindo tais características ao republicano.
As quedas mais acentuadas na avaliação dos Estados Unidos foram registradas no México, Suécia, Polônia e Canadá, com uma redução de mais de vinte pontos percentuais em relação ao ano anterior. No Reino Unido, a aprovação da potência caiu de 54% para 50%.
Trump recebeu avaliações positivas, com a maioria dos entrevistados afirmando ter “alguma” ou “muita” confiança no republicano, em apenas cinco países: Nigéria (79%), Quênia (74%), Israel (69%), Hungria (53%) e Índia (52%). Já em países como México (91% de desconfiança), Suécia (85%), Alemanha (81%), Espanha (80%) e Turquia (80%), a rejeição foi predominante.
A confiança em Trump também é baixa em relação a temas específicos como imigração aos Estados Unidos, relações com China e Rússia, economia global, Oriente Médio e mudanças climáticas — esta última sendo a área de menor confiança (21%). No México, apenas 14% acreditam em sua liderança nesses assuntos, na Turquia, 16%, e na Espanha, 22%.
A pesquisa também apontou divisões ideológicas claras: pessoas que se consideram de direita tendem a apoiar Trump, enquanto a esquerda demonstra rejeição. Em Israel, por exemplo, 93% dos direitistas confiam em Trump, contra 21% dos esquerdistas. Uma tendência semelhante se repete na Hungria, Alemanha, Reino Unido e Polônia.
Além disso, a confiança no ex-presidente é, em média, maior entre homens do que entre mulheres em dezessete dos 24 países analisados. Na Suécia, a diferença foi de dezenove pontos percentuais.
No geral, a imagem dos Estados Unidos piorou em quinze países desde a última pesquisa, realizada no ano passado, e permaneceu estável em seis. Apenas Israel, Nigéria e Turquia registraram melhora. Hoje, 49% dos entrevistados têm uma visão geral favorável aos EUA — o mesmo percentual dos que têm uma opinião desfavorável. Quanto à democracia americana, 50% a consideram funcional, enquanto 46% acreditam que ela não está funcionando bem.
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