Milhões de pessoas devem ir às ruas em diversas cidades dos Estados Unidos neste sábado, 14, em uma onda de protestos contra o presidente Donald Trump. Atos estão programados para ocorrer em cerca de 2 mil locais, distribuídos pelos 50 estados americanos, no mesmo dia em que o republicano celebra seu aniversário com um desfile militar.
A mobilização nacional ganhou força após o envio da Guarda Nacional e de militares da Marinha a Los Angeles para reprimir manifestações contra as políticas de imigração do governo Trump. Os organizadores das manifestações alegam que o líder americano exerce um poder descontrolado e ultrapassa limites, citando desrespeito às decisões da Justiça, violações de direitos civis e cortes de serviços básicos.
“A corrupção foi longe demais. Sem tronos. Sem coroas. Sem reis”, disse o manifesto do grupo.
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Estratégias e planos contra desfile
A estratégia é descentralizar os protestos e mostrar resistência em todas as regiões do país. Por isso, a marcha principal ocorrerá na Filadélfia, e não em Washington, com o objetivo de esvaziar o foco do desfile militar e evitar confrontos diretos na capital. Devido às preocupações com segurança, os organizadores ampliaram os treinamentos prévios aos atos.
Mais de 18 mil pessoas participaram de uma videoconferência promovida pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), na qual foram levantados questionamentos se imigrantes com green card ou status de DACA devem comparecer e foram dadas orientações sobre como reagir em caso de violência e o que fazer diante de provocadores — em casos de confronto, por exemplo, eles devem sentar no chão.
Em meio ao clima de tensão, Trump afirmou em coletiva que os manifestantes “odeiam o país” e “serão recebidos com força”, mas também disse não ter conhecimento de protestos planejados. Por sua vez, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, amenizou a declaração e disse depois que o ex-presidente apoia protestos pacíficos.
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Protestos em Los Angeles
Pelo menos 56 pessoas, incluindo alguns menores de 18 anos, foram presas em Los Angeles, na Califórnia, durante protestos no último final de semana. Cerca de 300 militares participaram da operação num primeiro momento, mas o chefe da Casa Branca ordenou o envio de mais 2 mil soldados para a cidade por 60 dias.
Todo o centro de Los Angeles foi declarado pelas autoridades uma área de “aglomeração ilegal”, permitindo as detenções. “Vocês devem deixar o centro imediatamente”, alertou a polícia em uma publicação no X (antigo Twitter). “Moradores, comerciantes e visitantes da área central da cidade devem ficar atentos e denunciar qualquer atividade criminosa”, acrescentou.
A onda de manifestações na cidade ocorre depois de batidas migratórias promovidas pelo governo federal prenderem ao menos 50 pessoas numa nova etapa da política de repressão a imigrantes implementada por Trump. Em resposta, os grupos passaram a ocupar pontos estratégicos da cidade, principalmente nas proximidades de escritórios da ICE, a polícia de imigração americana, e centros de detenção, como o Metropolitan Detention Center, em Alameda, onde ocorreram bloqueios de ruas e confrontos com a polícia.
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