
O silêncio voltou a reinar em uma das fronteiras mais vigiadas do mundo. O presidente recém-eleito Lee Jae-myung, do Partido Democrático da Coreia do Sul, empossado no último dia 4, oito dias após assumir o cargo, determinou a suspensão completa das transmissões de alto-falantes ao longo da zona desmilitarizada que separa as Coreias. A medida marca uma mudança de tom em relação ao governo anterior, do conservador Yoon Suk Yeol, que havia retomado as transmissões de propaganda em resposta aos balões com lixo enviados por Pyongyang, na Coreia do Norte.
Durante o ano passado, em retaliação, o presidente Kim Jong-un determinou a transmissão de sons assustadores e estridentes, como metal e ruído de animais, pelas caixas de som ao norte da demarcação militar. Uma espécie de guerra psicológica entre os dois países, que causava transtornos aos moradores das fronteiras das coreias.
A suspensão dos alto-falantes está sendo vista por especialistas como uma trégua para reduzir a tensão, além de restaurar a confiança e a linha direta entre os dois países. O presidente Lee Jae-myung, em mensagem de felicitação sobre o 25º aniversário da cúpula intercoreana de 15 de junho de 2000, prometeu se esforçar para restaurar prontamente os canais de comunicação suspensos entre os dois países.
“Acabaremos com os atos desnecessários de hostilidade e retomaremos o diálogo e a cooperação”, disse Lee. “O governo Lee Jae-myung fará todos os esforços para alcançar uma Península Coreana pacífica, coexistente e próspera.”
A Coreia do Norte se recusa a responder às ligações militares regulares da Coreia do Sul desde 7 de abril de 2023. As duas Coreias devem manter ligações duas vezes ao dia (manhã e tarde) por meio de linhas diretas de ligação e militares. Pyongyang não respondeu à ligação de Seul pela linha direta de contato na manhã de hoje, de acordo com o Ministério da Unificação.
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