Protesto pró-Palestina pede rompimento do Brasil com Israel

Aos gritos de “Israel assassina”, um grupo de pelo menos 50 pessoas está reunido na manhã deste domingo (15), na Praça Ary Coelho, região central da Capital. Organizado pelo CSPP-MS (Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino de Mato Grosso do Sul), o ato pede que o governo brasileiro rompa relações com o país israelense. Autodeclarado como “ato em solidariedade ao povo palestino”, o movimento começou por volta das 9h na praça, sem previsão de término.

Uma das participantes, Bruna Freire, de 25 anos, explica que a intenção do movimento é fazer com que as pessoas escutem a voz dos palestinos, que estão sendo mortos em meio a um genocídio.

“Estamos reunidos porque queremos que Campo Grande faça parte de um movimento internacional que está unindo mais de 31 países ao redor do mundo, marchando por Gaza e por aqueles que não podem ir até lá”, afirma.

A engenheira ambiental menciona que outro ponto importante é tentar colocar fim ao bloqueio de ajuda humanitária imposto por Israel, que impede a entrada de água, alimentos e outros recursos.

“São 600 dias de bloqueio e, em uma guerra, de acordo com o direito internacional, a ajuda tem que entrar. O que Israel faz é gerar sistematicamente a destruição da infraestrutura básica de Gaza”, pontua.

Juntos, o grupo de manifestantes gritou mais de uma vez palavras de ordem, como “Israel assassina e os Estados Unidos patrocinam” e “Chega de chacina, PM na favela e Israel na Palestina”. Também foram levantados cartazes com os dizeres “Lula, rompa as relações com Israel”, “Pelo fim do genocídio em Gaza” e outros.

Samia Najib Jaze é outra participante que dedicou a manhã de domingo para manifestar. “O que eles [Israel] estão fazendo não é guerra. Guerra é quando há confronto entre os dois lados. Enquanto eles vivem suas vidas normalmente, o povo palestino vem sendo massacrado há anos”, diz.

Para ela, o governo israelense representa um perigo para a humanidade e é necessário que outros percebam isso. “Eles colonizam, atacam, matam e por quê? Porque querem tudo para eles. Nunca esconderam que querem dominar toda a região. Atacam o Irã, a Síria, o Líbano, e o mundo fica em silêncio. Mas quando alguém reage contra Israel, aí eles viram vítimas”, destaca.

Pessoas de todas as idades participaram do movimento nesta manhã, de forma pacífica, reunidas na esquina da Praça Ary Coelho, na Avenida Afonso Pena com a Treze de Maio.

Comitiva de MS – Três membros do governo estadual estão em Israel, vivendo o terceiro dia de ataques do Irã contra o território israelense. O secretário-executivo de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna, Christinne Maymone, secretária-adjunta da SES (Secretaria de Estado de Saúde), e Marcos Espíndola, responsável pelo setor de tecnologia da pasta foram em missão oficial que faz parte das ações do Consórcio Brasil Central, com apoio da Embaixada de Israel no Brasil.

A viagem, prevista entre os dias 7 e 14 de junho, foi organizada com o objetivo de fortalecer a cooperação internacional e promover a troca de experiências em áreas estratégicas para o desenvolvimento dos estados do Brasil Central.

Entenda – A tensão na região aumentou após os ataques de Israel a instalações nucleares no Irã, na madrugada de quinta-feira (12), que deixaram pelo menos 78 mortos em Teerã. Em resposta, o Irã lançou mais de cem mísseis e drones contra o território israelense, acionando os sistemas de defesa como o Domo de Ferro.

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