17 de junho de 2025

Clínicas interditadas são flagradas com pacientes dopados em MS

Operação da Defensoria Pública flagra funcionamento clandestino com pacientes escondidos

Com pacientes dopados, 2ª clinica de dependentes é interditada
Equipes fechando clínica já interidtada (Foto: Defensoria Pública)

Duas clínicas de tratamento para dependência química, mesmo interditadas judicialmente, foram flagradas em funcionamento clandestino, com pacientes escondidos, dopados e, em alguns casos, vítimas de maus-tratos. As unidades “Fazendinha” e “Filhos de Maria” foram novamente fechadas durante uma operação realizada pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul na última sexta-feira (13).

Duas clínicas de reabilitação para dependentes químicos, “Fazendinha” e “Filhos de Maria”, em Mato Grosso do Sul, foram interditadas novamente após denúncias. A Defensoria Pública constatou que as unidades, já fechadas judicialmente, funcionavam clandestinamente com pacientes escondidos, dopados e em situação de maus-tratos. Na “Filhos de Maria”, pacientes foram encontrados em um posto de gasolina próximo.A “Fazendinha” também operava ilegalmente e tentava abrir uma nova unidade anexa. Pacientes transferidos para uma chácara em Nova Alvorada do Sul foram encontrados dopados e com sinais de maus-tratos. A Vigilância Sanitária determinou o fechamento imediato de ambas as clínicas. A Defensoria Pública continuará monitorando o caso para garantir a responsabilização dos culpados.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Atenção à Saúde (NAS), defensora pública Eni Maria Sezerino Diniz, a vistoria teve início a partir de denúncias de que a clínica “Os Filhos de Maria” estaria funcionando ilegalmente sob nova gestão e nome. Embora o responsável tenha negado o funcionamento, a equipe encontrou trabalhadores no local e, com base em informações prévias, localizou três pacientes escondidos em um posto de combustíveis próximo. Um deles, inclusive, possuía contrato assinado com a instituição.

“Mesmo interditada judicialmente, a unidade mantinha atividades irregulares. Identificamos pessoas internadas de forma clandestina e, diante dessa situação, acionamos familiares e garantimos atendimento emergencial com suporte médico”, explicou a defensora.

Com pacientes dopados, 2ª clinica de dependentes é interditada
Equipes da defensoria interditando clínica (Foto: Defensoria Pública)

A equipe também realizou fiscalização em outra unidade, conhecida como “Fazendinha”, onde foram constatadas as mesmas práticas ilegais que motivaram sua interdição anterior. Além disso, foi detectada uma tentativa de abrir uma nova unidade anexa, sob outro nome, mas com os mesmos responsáveis e condutas.

Diante dos indícios de que pacientes estariam sendo transferidos para outro local clandestino, a Defensoria articulou nova fiscalização em uma chácara em Nova Alvorada do Sul, com apoio da Polícia Civil de Dourados e da Defensoria local. No imóvel, foram encontrados pacientes dopados e com sinais de maus-tratos.

Ambas as clínicas foram novamente interditadas, desta vez por meio de ação administrativa da Vigilância Sanitária Municipal, que determinou o encerramento imediato das atividades.

Com pacientes dopados, 2ª clinica de dependentes é interditada
Eni Maria Sezerino Diniz, defensora em vistoria (Foto: Defensoria Pública)

“A Defensoria Pública continuará acompanhando o caso para assegurar a responsabilização dos envolvidos e a proteção dos direitos das pessoas acolhidas e de seus familiares”, afirmou Eni Diniz.

A força-tarefa foi conduzida pelo Núcleo de Atenção à Saúde (NAS), com apoio do Ministério Público Federal, Conselho Regional de Farmácia, Delegacia do Consumidor (Decon), Vigilância Sanitária Estadual e Municipal.

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