18 de junho de 2025

Perícia aponta que Gérard Depardieu sexualizou cri…

O ator e cineasta francês Gérard Depardieu, que enfrenta diversas queixas de agressão sexual por mulheres em sets de filmagens, está envolvido em um novo escândalo. No final de 2023, o programa de televisão francês Complément d’investigation (Complemento de investigação), em um episódio intitulado La chute de l’ogre (A queda do ogro), divulgou imagens inéditas de uma viagem do artista à Coreia do Norte para um documentário, onde ele faz comentários sexuais e sexistas contra mulheres, incluindo uma criança. Agora, em um processo de Gérard contra a emissora, um laudo pericial, finalizado em meados de maio, concluiu que o ator realmente fez comentários de cunho sexual sobre uma menina menor de idade, como afirmava o canal France 2.

Trechos das gravações mostram o ator, em diversas circunstâncias, fazendo comentários e até ruídos obscenos e sugestivos. Em visita a um haras, onde estava sendo acompanhado por uma intérprete, Depardieu compartilha sua leitura sexual e misógina da equitação. “As mulheres adoram andar a cavalo. Os clitóris se esfregam na sela (…) São grandes vagabundas”, afirma. Ao ver uma menina de cerca de dez anos montada em um pônei, ele continua. “Se [o cavalo] galopa, ela gosta”, diz o cineasta, sugerindo que sua intérprete deveria andar a cavalo. Sempre fazendo alusões sexuais, após subir em uma balança para se pesar, ele anuncia: “124 [kg], 124 querida! E não estou em ereção. Em ereção, 126! Aqui tudo é de madeira, igual meu pênis. Tenho uma viga na calça”.

Para o advogado do ator, Jérémie Assous, essa cena seria resultado de uma montagem. “Não havia nenhuma criança no campo de visão dele”, justifica a defesa que afirma que o artista falava sobre uma mulher de 30 e poucos anos, que também estava no haras. Porém, de acordo com o relatório, “com todas as evidências disponíveis, esses comentários são dirigidos à única pessoa à frente de Depardieu que corresponde à descrição: a menina no pônei. A outra mulher está no extremo oposto do picadeiro”, como aponta o jornal francês Libération.

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