O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite desta segunda-feira, 16, que “todos deveriam sair de Teerã imediatamente”. Em sua rede social, Truth Social, o republicano escreveu: “O Irã deveria ter assinado o acordo que eu disse para assinarem. Que vergonha e desperdício de vidas humanas. Em poucas palavras: O IRÃ NÃO PODE TER UMA ARMA NUCLEAR. Eu já disse isso várias vezes! Todos deveriam evacuar Teerã imediatamente!”.
Mais cedo, Trump sugeriu que os Estados Unidos poderiam negociar um acordo com Irã para encerrar o conflito com Israel. “Acho que o Irã está basicamente na mesa de negociações e quer chegar a um acordo, e assim que eu sair daqui, faremos algo”, afirmou o presidente na cúpula do G7, que ocorre no Canadá.
Cerca de uma hora após a publicação de Trump, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou na rede social X que o presidente americano vai deixar o encontro do G7 mais cedo “por causa do que está acontecendo no Oriente Médio”. O republicano só deveria voltar aos EUA na terça, mas deixará o Canadá já nesta segunda.
Acordo nuclear
Na rede Truth Social, ele se referiu à negociação entre EUA e Irã para fechar um acordo nuclear. Cinco rodadas de negociações foram finalizadas sem sucesso, e uma sexta reunião estava marcada para o último domingo, 15, mas foi cancelada após o ataque de Israel ao país, na noite de quinta-feira, 12.
O Irã se recusou a atender à demanda americana para abandonar o enriquecimento de urânio, possível matéria-prima para bombas nucleares, e enviar para o exterior todo o seu estoque existente.
Desde que Trump retirou os EUA do acordo nuclear de 2015, assinado durante o governo de Barack Obama e que limitava o enriquecimento de urânio em troca do alívio das sanções econômicas ao Irã, o governo iraniano passou a acumular material em níveis próximos aos necessários para a produção de armas nucleares. O Irã alega que seu programa tem fins exclusivamente energéticos, mas países ocidentais desconfiam que esteja tentando desenvolver uma bomba atômica.
Envio de porta-aviões
Os Estados Unidos enviaram o porta-aviões USS Nimitz para o Oriente Médio nesta segunda-feira para oferecer “opções” a Trump diante do conflito entre Israel e Irã, segundo a agência de notícias Reuters. A embarcação partiu do Mar da China Meridional, cancelando uma escala planejada no centro do Vietnã, e mudou de curso para oeste, em direção à explosiva região onde Tel Aviv e Teerã trocam disparos há quatro dias.
Ao mesmo tempo, mais de 30 aviões-tanque da Força Aérea americana decolaram de bases nos Estados Unidos rumo ao leste, através do Atlântico, de acordo com o site de rastreamento de voos Flightradar24. As aeronaves KC-135 e KC-46 são necessárias para reabastecer jatos que participam de ataques distantes de seu país de origem, como os aviões de guerra israelenses que atingiram o Irã.
Algumas autoridades americanas, no entanto, descreveram parte desses movimentos como rotineiros, ou relacionados a exercícios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Europa. O Departamento de Estado dos Estados Unidos negou qualquer envolvimento direto nos ataques aéreos israelenses contra o Irã e enfatizou que o apoio de Washington a Tel Aviv se limita a medidas defensivas.
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