20 de maio de 2025

Inflação em 2025 deve chegar a 5% e superar meta oficial

Inflação prevista sobe para 5% e ultrapassa limite oficial de 2025
Comerciante com poucas notas e moedas para dar de troco. (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda elevou para 2,4% a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2025, nesta segunda-feira (19), após revisar para cima os dados da produção agropecuária e considerar a expectativa de crescimento de 1,6% no primeiro trimestre.

A previsão oficial de inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), também subiu de 4,9% para 5%, motivada por variações inesperadas dos preços em março e ajustes nas projeções futuras.

O boletim Macrofiscal, divulgado pela Secretaria, indica que o aumento na estimativa do PIB se deve principalmente à revisão do desempenho do setor agropecuário, que passou de crescimento esperado de 6% para 6,3%. Essa alta reflete a maior produção prevista para as safras de soja, milho e arroz.

O setor industrial mantém previsão de crescimento em 2,2%, resistindo aos efeitos dos juros elevados, enquanto o segmento de serviços teve a projeção ajustada para 2%, acima dos 1,9% anteriores.

Apesar do aumento na projeção para o crescimento econômico, o relatório prevê que a economia sofrerá desaceleração no segundo semestre de 2025. Para o ano seguinte, 2026, a estimativa de crescimento do PIB permanece em 2,5%, sem alterações.

Sobre a inflação, o documento confirma que o índice ficará acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que estabelece o limite superior em 4,5%. O IPCA deve encerrar o ano em 5%.

Além disso, a previsão para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), usado para reajustar salários e aposentadorias, subiu para 4,9%. Já o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna), que acompanha preços no atacado, construção civil e consumidor final, teve sua projeção reduzida de 5,8% para 5,6%, influenciado pelas variações do dólar.

O boletim destaca que somente a partir de setembro a inflação deve apresentar queda de forma consistente, conforme esperado pelas autoridades econômicas. Pequenas surpresas nas variações do índice em março e alterações marginais nas expectativas para os próximos meses influenciaram a revisão do IPCA.

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