Juiz também autorizou a quebra de sigilo telefônico; droga totalizava 589 kg de maconha

A Justiça de Mato Grosso do Sul manteve, nesta quinta-feira (22), a prisão preventiva dos quatro suspeitos presos por envolvimento com PCC (Primeiro Comando da Capital) durante o envio e tráfico de drogas até o estado de São Paulo. A decisão foi proferida durante a audiência de custódia realizada no mesmo dia, que analisou a legalidade da prisão em flagrante feita pela Polícia Civil na terça-feira (20).
Hemerson Marcos Cosine, conhecido como “Calunga”, Diogo Ifran Vargas, Walter Nunes do Nascimento e Bruno Laurentino da Silva — foram presos após uma operação que localizou 589 quilos de maconha em uma chácara no Distrito Industrial de Dourados, distante 251 quilômetros de Campo Grande. Segundo a Polícia Civil, eles integram uma célula do PCC, responsável pelo envio interestadual de entorpecentes.
Conforme o juiz Ricardo da Mata Reis, foi autorizada a quebra de sigilo dos dados telefônicos dos investigados para perícia, cobrindo o período entre 1º de janeiro de 2023 e 20 de maio, dia da prisão. Segundo o magistrado, a medida “[…] é necessária para esclarecer o papel dos suspeitos e identificar possíveis outros envolvidos no crime doloso contra a vida”. Ele destacou que os direitos fundamentais dos investigados, como a intimidade, “não podem se sobrepor à proteção da sociedade contra atos criminosos”.
Além disso, o juiz determinou o encaminhamento dos presos ao sistema prisional e a realização de tratamento médico para Diogo, que tem bronquite asmática. Também foi determinada a destruição das drogas apreendidas, observadas as cautelas legais para guarda de amostras.
A investigação que resultou na prisão começou após denúncias que indicaram a atuação do grupo na comercialização e remessa das drogas. Diogo, monitorado por tornozeleira eletrônica, reuniu-se com Hemerson e Bruno em sua casa no Jardim Clímax, bairro da região oeste de Dourados. Depois, Hemerson e Bruno foram presos em flagrante ao tentar acessar a chácara, local onde os policiais encontraram o carregamento de maconha prensada.
Durante as buscas, Diogo tentou destruir um celular para eliminar provas, mas os policiais encontraram porções fracionadas da droga, balanças de precisão e roupas, indicando que os suspeitos estavam se hospedando na residência. Walter afirmou morar na chácara, mas apresentou versões inconsistentes sobre a presença dos demais envolvidos.
Ainda segundo a polícia, Hemerson “Calunga” tem papel destacado na facção e usava trabalho como jardineiro para disfarçar suas atividades ilícitas. Ele havia passado quase 30 anos preso antes desta nova prisão.
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