Pragas e estresse comprometem desenvolvimento do grão nas regiões sul, sudeste e sul-fronteira

Estudo técnico da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja) identificou que 18,5% das lavouras de milho da segunda safra, também conhecido como “safrinha”, apresentam condições de baixo desenvolvimento. Isso impacta as regiões sul, sudeste e sul-fronteira de Mato Grosso do Sul, onde a colheita já começou em pontos isolados.
O levantamento foi feito na última semana de maio, quando o estado entrou no período de colheita, iniciado após um plantio adiantado em duas semanas. A piora nas lavouras é atribuída à presença de pragas, falhas no estande de plantas e sintomas de estresse, como enrolamento e amarelamento das folhas.
A produtividade média esperada para o estado é de 80,8 sacas por hectare, com produção estimada em 10,2 milhões de toneladas, um aumento de 20,6% em relação ao ciclo anterior. Apesar disso, as condições abaixo do potencial nas lavouras do sul contrastam com os bons índices registrados em outras regiões. No centro, norte e oeste, até 95,3% das áreas estão classificadas como boas.
A área cultivada nesta safra é de 2,1 milhões de hectares. O pico da colheita deve ocorrer em julho, segundo previsão da Aprosoja. A saca de milho está cotada a R$ 53,53 no mercado local.
A meteorologia prevê chuvas e queda nas temperaturas nos próximos dias, principalmente na metade sul do estado, o que pode afetar o ritmo da colheita. Em 24 horas, os acumulados podem ultrapassar 40 milímetros, com risco de tempestades, rajadas de vento e temperaturas entre 5°C e 10°C.
Classificação – De acordo com os dados da Aprosoja, para uma lavoura ser classificada como “ruim”, ela deve apresentar diversos critérios negativos, tais como alta infestação de pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas no estande de plantas, desfolhamento excessivo, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, entre outros defeitos que causem perdas significativas de produtividade.
Uma classificação “regular” é atribuída a lavouras que apresentam poucos problemas relacionados a pragas, estande de plantas razoável e pequeno amarelamento das plantas em desenvolvimento. Já uma classificação “bom” é dada a lavouras que não possuem nenhuma das características anteriores, com plantas saudáveis e que garantem uma boa produtividade.
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