Moody’s mudou perspectiva do Brasil para ‘estável’ diante de dificuldades fiscais

O dólar caiu 0,75% nesta segunda-feira (2), cotado a R$ 5,67, após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a possibilidade de ajustes na cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A bolsa brasileira encerrou o dia em baixa de 0,18%, aos 136.787 pontos.
O recuo da moeda ocorreu diante das incertezas fiscais no Brasil e da tensão no mercado internacional com as tarifas exigidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano).
O enfraquecimento da moeda norte-americana refletiu o ambiente de cautela entre os investidores. No cenário interno, o governo enfrenta resistências no Congresso em relação à alta do IOF. Haddad afirmou que a equipe econômica estuda mudanças para tornar a cobrança mais equilibrada e corrigir distorções em tributos do setor financeiro.
Outro fator de pressão foi a mudança na perspectiva da nota de crédito do Brasil pela agência Moody’s. A classificação passou de “positiva” para “estável”, com base na dificuldade do governo em controlar os gastos públicos e reduzir a dívida.
No exterior, o impasse nas negociações comerciais dos Estados Unidos também influenciou o comportamento do mercado. Trump voltou a exigir propostas mais vantajosas dos países parceiros, com prazo até quarta (4), o que elevou a aversão ao risco entre os investidores.
Na parcial de junho, o dólar acumula queda de 0,75%, enquanto o Ibovespa recua no mesmo ritmo. No ano, a moeda americana já caiu 8,17%, e o principal índice da bolsa brasileira registra alta de 13,72%.
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