6 de junho de 2025

Ativistas roubam estátua de Macron para protesto d…

Ativistas do Greenpeace roubaram nesta segunda-feira, 2, uma estátua de cera do presidente da França, Emmanuel Macron, e a colocaram em um protesto em frente à embaixada da Rússia. A escultura, avaliada em 40 mil euros (R$ 260 mil na cotação atual), foi levada do museu Grévin, em Paris, por três militantes que fingiram ser turistas e depois trocaram de roupa para imitar o uniforme dos funcionários, informou a agência francesa Agence France-Presse (AFP). O objeto, embalado num cobertor, foi retirado por uma saída de incêndio.

“Para nós, a França está jogando um jogo duplo”, disse Jean-François Julliard, chefe do Greenpeace França. “Emmanuel Macron personifica esse duplo discurso: ele apoia a Ucrânia, mas incentiva as empresas francesas a continuar negociando com a Rússia.”

A estátua foi, então, levada ao prédio diplomático russo em Paris e alocada ao lado de uma faixa com o lema “A Ucrânia está em chamas, os negócios continuam”. Segundo a AFP, o protesto é contra exportações de gás e fertilizantes da Rússia para a França. Julliard afirmou que Macron, tido como um dos maiores aliados da Ucrânia, “deveria ser o primeiro” entre os líderes europeus a encerrar contratos comerciais com o governo russo devido à invasão ao território ucraniano, iniciada em fevereiro de 2022.

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Cúpula em Paris

Em março, o presidente da França, rejeitou as exigências russas para encerrar o confronto, defendendo que Moscou “não tem o direito de opinar” sobre certos termos de um acordo de cessar-fogo. A fala veio logo antes de começar uma cúpula em Paris, convocada pelo chefe do Eliseu, para coordenar uma “coalizão dos dispostos” que seria responsável por garantias de segurança para Kiev após o fim do conflito.

Líderes de cerca de 30 países — não só da Europa, mas de outros lugares, incluindo Turquia e Canadá — se reuniram em Paris para consolidar discussões anteriores sobre o que “a coalizão dos dispostos” pode fazer para ajudar a Ucrânia em caso de um cessar-fogo ou acordo de paz negociado pelos Estados Unidos.

O presidente francês adiantou que forças europeias poderiam ser implantadas em “cidades importantes” e “bases estratégicas” da Ucrânia, para “marcar o apoio claro de vários governos e aliados europeus”. Além disso, deixou claro que, em caso de qualquer ataque da Rússia, esses soldados teriam que “responder”.

 

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