Poucos dias após deixar o governo dos Estados Unidos, o magnata Elon Musk intensificou os ataques ao projeto de lei de corte de impostos e gastos do presidente americano, Donald Trump. Em mais de 25 postagens no X, rede social da qual é dono, o bilionário convocou seus mais de 200 milhões de seguidores a pressionarem o Congresso dos EUA a rejeitar a proposta.
“Ligue para seu senador, ligue para seu congressista. Levar a América à falência NÃO é aceitável! MATE o PROJETO DE LEI”, escreveu.
A postura de Musk marca uma mudança significativa em relação ao período em que esteve à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), embora já manifestasse desaprovação à política fiscal da gestão republicana. Na chuva de publicações, ele declarou que “ninguém que leia o projeto inteiro deveria aceitar essa proposta”, reforçando sua oposição ao aumento do déficit público e à expansão da dívida americana, hoje projetada para ultrapassar US$ 2,5 trilhões (mais de R$ 14 trilhões).
“Grandes projetos de lei que gastam demais estão levando os EUA à falência! Chega!”, afirmou Musk em outra postagem.
Em meio às críticas, o presidente da Câmara, Mike Johnson, disse que o empresário estava “completamente errado” e defendeu o projeto como uma medida responsável, capaz de trazer benefícios econômicos. Johnson disse, ainda. que tentou telefonar para Musk na noite de terça-feira, 3, mas não obteve resposta.
Saída do governo Trump
Na última sexta-feira, 30, Trump oficializou a saída de Musk em uma cerimônia no Salão Oval, elogiando o bilionário e destacando sua contribuição à força-tarefa governamental. Musk, por sua vez, concordou e afirmou que “este não é o fim do DOGE, mas sim o começo”. O tom cordial, porém, não durou. Nesta terça-feira, Musk classificou o plano de gastos como uma “abominação repugnante” e lamentou o que considera um desperdício de recursos públicos, alertando para um déficit “insustentável”.
Nos bastidores, o distanciamento entre Musk e a administração Trump já vinha se aprofundando. O empresário criticou a redução do crédito fiscal para veículos elétricos, medida que atinge diretamente sua empresa, a Tesla, e expressou frustração com acordos envolvendo inteligência artificial, supostamente favorecendo sua concorrente OpenAI, segundo fontes ouvidas pela emissora americana ABC News.
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