Exame de impressões digitais comprovaram inocência, segundo a Defensoria Pública

Um homem de 41 anos foi solto após passar 26 dias preso no Estabelecimento Penal de Corumbá, município situado a 427 quilômetros de Campo Grande. A prisão ocorreu porque o irmão dele, 43 de idade, usou a identidade ao ser detido por furto em 2022. O erro só foi corrigido após a Defensoria Pública pedir a análise das impressões digitais, que comprovaram a troca.
Conforme a instituição, a prisão aconteceu mesmo após o homem negar envolvimento com o crime durante audiência de custódia. Na ocasião, ele informou não saber da existência de mandado contra ele e disse suspeitar que o irmão tivesse cometido o furto. Mesmo assim, permaneceu preso até que a Defensoria atuasse no caso.
De acordo com os autos, a confusão começou ainda na fase do inquérito policial, quando o verdadeiro autor do furto usou o nome do irmão. O Ministério Público apresentou denúncia com base nessas informações, sem verificar a identificação do acusado. A Justiça decretou a prisão preventiva com base nesse erro.
Após a solicitação da Defensoria, a 4ª Vara Criminal de Campo Grande revogou a prisão e determinou que o Ministério Público revisasse o caso. O órgão confirmou a troca e corrigiu a denúncia, agora direcionada ao verdadeiro investigado.
O defensor público Pedro Lenno Rovetta Nogueira, responsável pelo pedido de soltura, destacou que a checagem biométrica foi essencial para comprovar a identidade do preso injustamente. A Defensoria também informou que o homem poderá buscar indenização do Estado.
O irmão que usou a identidade falsa chegou a ser preso em flagrante em 2022, mas havia recebido o direito de responder ao processo em liberdade.
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