“Bope é zica”, diz personagem do ator Thomás Aquino; equipe é retratada como a mais preparada da fronteira

A segunda temporada da série DNA do Crime, da Netflix, voltou a colocar Mato Grosso do Sul no centro da ação. Desta vez, os policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) são retratados como a tropa mais preparada e letal da fronteira. Sim, este texto contém spoiler!
A série “DNA do Crime”, da Netflix, retrata o Bope de Mato Grosso do Sul como força de elite no combate ao crime organizado na fronteira. A trama da segunda temporada mostra o confronto entre policiais e uma quadrilha que tenta roubar cocaína apreendida. O Bope, com treinamentos intensos em locais remotos do estado, é acionado em situações extremas, após outras forças policiais. Apesar da semelhança com a realidade, o subcomandante do Bope nega qualquer consultoria à produção. Ele afirma que a série é ficção, embora reconheça que a imagem de “zica” atribuída ao Bope reflete o temor dos criminosos. O major destaca o papel da corporação como último recurso em cenários críticos, principalmente no combate ao narcotráfico na região.
No episódio sete da trama, o ator Alex Nader interpreta Isaac, chefe de uma quadrilha de assaltantes a banco que decide entrar no tráfico internacional. O objetivo é resgatar um carregamento milionário de cocaína apreendido e armazenado em um galpão da Polícia Militar em Corumbá, a 428 km de Campo Grande.
“Bope é zica, mano”, alerta o comparsa Sem Alma, interpretado por Thomás Aquino. A edição mostra imagens do Rio Paraguai e, na sequência, os policiais sul-mato-grossenses em treinamentos pesados no campo, em Ladário.

No episódio seguinte, ocorre o confronto. Usando balaclavas com estampa de caveira, os criminosos tentam formar uma barreira para que o caminhão com a droga consiga escapar. O Bope chega com força total. Todos os integrantes da quadrilha morrem — menos Isaac.
Apesar da similaridade com a identidade visual do batalhão real, o subcomandante do Bope de Mato Grosso do Sul, major Cleyton da Silva Santos, garante que não houve qualquer tipo de consultoria à produção da série.
“Recebemos algumas perguntas sobre isso, se houve envolvimento nosso com a série DNA do Crime. Mas aquilo não passa de ficção. De fato, realizamos treinamentos em vários locais do Estado, principalmente nas regiões mais distantes. Inclusive, já fizemos várias simulações de roubos a banco e ações contra o chamado Novo Cangaço nessas localidades”, afirmou ao Campo Grande News.
O major explica que o Bope é acionado apenas em situações críticas, quando as demais forças já foram empregadas.

“Nosso Estado é rota do narcotráfico, por isso mantemos treinamentos constantes. O Bope é o último recurso da Polícia Militar. Primeiro vem o rádio patrulhamento, depois as forças táticas, em seguida o Batalhão de Choque e, por fim, o Bope. Quando chegamos, é porque a situação fugiu da normalidade”, detalha.
Sobre a fala do personagem na série, o major acredita que o “Bope ser zica” reflete justamente a imagem que os criminosos têm da da corporação.
“Alguns policiais assistiram, eu também tive essa curiosidade. De certa forma, a série retrata, como consequência do nosso treinamento e do trabalho que realizamos na fronteira e no combate ao crime organizado, a imagem que os criminosos têm do Bope. E realmente é essa imagem que eles devem ter, esse receio”, termina.
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