O Ministério Público de Portugal ordenou nesta quinta-feira, 6, que o ex-juiz português Rui Fonseca e Castro, acusado de rapto, devolva seu filho, brasileiro, para a mãe. Henrique, de 10 anos, foi impedido de retornar ao Brasil com a mãe, Érika Hecksher, em 21 de janeiro, após passar as férias de final de ano com o pai. Após ser comunicada, Hecksher entrou com uma medida cautelar e contratou uma advogada. Pouco depois, o MP considerou o caso como um crime de sequestro internacional, uma flagrante violação da Convenção de Haia.
Com a nova decisão, Castro tem 48 horas para entregar o menino a Érika, com quem teve três filhos. A VEJA, ela contou que os filhos tinham costume de visitar o pai durante as férias. A criança, contudo, permaneceu o período inteiro com Rui e foi impedido, antes da Justiça portuguesa intervir, de ter qualquer acesso físico à mãe.
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Em uma troca de mensagens que VEJA teve acesso, Henrique diz que quer “ir embora daqui logo” e que Rui não pode obrigá-lo a permanecer em Portugal, acrescentando: “não aguento mais”. Em outro momento, o menino conta que o pai quase quebrou seu celular e afirma: “eu nunca mais venho aqui ver ele (sic) na minha vida”. Ele pede, repetidamente, para que a mãe vá buscá-lo e, numa espécie de brincadeira, aponta que precisa “fazer um plano para sair daqui”.
Érika, assim como acordado com Rui, tem guarda unilateral dos filhos. O casal se divorciou em 2017. Carioca, ela teve de deixar o trabalho e parte da família no Brasil para conseguir dar continuidade ao processo no tribunal português. Ela se mantém no país através de doações de amigos e familiares, além de uma campanha de arrecadação online, que já ultrapassou 14 mil reais.
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