
Ao menos quatro pessoas morreram e milhares foram deslocadas após intensos incêndios atingirem a Coreia do Sul, que ainda lida com as chamas nesta segunda-feira, 24. Desde o final de semana, cerca de 50 focos de incêndio foram registrados em diversas províncias, incluindo Gyeongsang do Sul e Gyeongsang do Norte, localizadas próximas à capital, Seul. O cenário foi agravado pela combinação de uma seca prolongada e ventos fortes, que dificultaram as operações de combate.
O incêndio florestal, que começou no sábado, 21, no Condado de Sancheong, é o pior registrado na Coreia do Sul desde 2022. Dados divulgados pelo serviço florestal apontam que as alterações nos padrões climáticos, como mudanças no padrão de chuvas e temperatura, deverão causar novos e mais desastres no futuro.
O Serviço Florestal da Coreia do Sul confirmou que cerca de 8.700 hectares de floresta já foram consumidos pelas chamas, com a expectativa de que o número continue a crescer nos próximos dias. A magnitude do desastre forçou a retirada de 2.700 pessoas de suas casas, sendo realocadas para áreas mais seguras. Muitas dessas famílias não terão mais casas para retornar.
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Medidas tomadas pelo governo
Em resposta, o governo sul-coreano declarou três novas áreas como “zonas especiais de desastre”, o que permitiu o envio de recursos emergenciais para auxiliar na recuperação e no acesso a financiamento adicional e apoio logístico. O presidente interino Han Duck-soo, que retornou ao cargo após uma decisão do Tribunal Constitucional que reverteu seu impeachment, visitou algumas das áreas mais afetadas.
Han destacou que os bombeiros e equipes de resgate enfrentam desafios imensos, sendo crucial garantir sua segurança durante as operações — quatro bombeiros morreram no combate às chamas.
Em entrevista ao Korea Times, Inger Andersen, diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), alertou que os investimentos em prevenção e resposta precisam ser mais bem direcionados. “Devemos investir mais na redução do risco de incêndios, trabalhar com comunidades locais e reforçar o compromisso global para combater as mudanças climáticas”, afirmou ela.
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