O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, listou mais de 6.300 imigrantes vivos como mortos e cancelou seus números de Seguro Social, os impedindo de trabalhar ou receber diversos benefícios, segundo reportagem do jornal britânico The Guardian, publicada nesta sexta-feira, 11. Autoridades americanas afirmaram que a ação tem como objetivo forçar os imigrantes a se “autodeportar” para seus países de origem.
Os nomes dos imigrantes afetados estão sendo transferidos para um banco de dados federal normalmente utilizado para registrar pessoas falecidas, segundo fontes familiarizadas com o assunto.
Ao serem registrados como falecidos no banco de dados da Administração da Segurança Social (SSA, na sigla em inglês), os imigrantes perdem automaticamente o acesso a uma série de serviços essenciais, incluindo abrir ou manter contas bancárias, receber benefícios do governo, alugar ou comprar imóveis, trabalhar e declarar impostos.
Vinte e duas pessoas das 6.300 listadas estão recebendo empréstimos estudantis, 41 estão recebendo seguro-desemprego e 1.000 estão recebendo benefícios através do Medicaid, disse um funcionário da Casa Branca, de acordo com o The Washington Post.
Ainda não está claro como os imigrantes afetados foram selecionados, mas documentos do governo indicam que os primeiros nomes declarados mortos são de “criminosos condenados” e “suspeitas de terrorismo”, de acordo com o New York Times.
Esforços de deportação
A ação do governo Trump faz parte de um esforço mais amplo de reverter as politicas migratórias do governo do ex-presidente democrata Joe Biden. A maioria dos imigrantes declarados como mortos entrou legalmente no país durante a administração anterior, por meio de programas temporários que ofereciam autorizações de trabalho e residência.
Na segunda-feira, o Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) já havia revogado o status legal de muitos desses imigrantes.
Além disso, um acordo firmado esta semana entre o DHS e o Departamento do Tesouro permitirá que o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) acesse dados fiscais de imigrantes para facilitar deportações. A medida levou à renúncia da comissária interina da Receita Federal, Melanie Krause.
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