4 de maio de 2025

Desaceleração ronda as marcas de luxo, mas Miu Miu vai na contramão e impulsiona as vendas da Prada

O grupo italiano Prada registrou receita mais alta no primeiro trimestre deste ano. O resultado foi puxado principalmente pelo aumento das vendas de sua marca Miu Miu e ajudou a marca de luxo a escapar de uma desaceleração que assombra o setor.

As empresas de luxo estão se preparando para o impacto das tarifas dos EUA em um momento em que o setor já lida com a demanda moderada em mercados-chave, como a China.

A crescente demanda por produtos Miu Miu permitiu que a Prada contrariasse a tendência nos últimos trimestres, e a empresa está agora em processo de adicionar uma terceira grande marca aos seus produtos básicos, depois de seu recente acordo para comprar a Versace.

Receita da Prada

A Prada informou na quarta-feira (30) que a receita do primeiro trimestre foi de 1,34 bilhão de euros (cerca de US$ 1,53 bilhão), acima do 1,19 bilhão no mesmo período do ano passado. A receita trimestral cresceu 13% quando ajustada pelos movimentos cambiais.

Os analistas previam faturamneto de 1,33 bilhão de euros para a Prada, de acordo com estimativas de consenso fornecidas pela Visible Alpha.

As vendas no varejo da Miu Miu saltaram 60% no trimestre. Já as receitas da marca Prada ficaram estáveis em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando teve um forte resultado, segundo a empresa.

Crescimento global

A direção da Prada informou que as vendas cresceram dois dígitos em todas as regiões, incluindo aumentos de 10% na Ásia-Pacífico e nas Américas.

A maioria dos grupos de luxo enfrenta uma demanda mais fraca na China em meio a uma desaceleração no setor imobiliário do país, e algumas empresas sinalizaram condições mais desafiadoras nos EUA no início do ano.

No início deste mês, a LVMH, maior conglomerado de luxo do mundo e proprietária de marcas como Louis Vuitton e Dior, publicou uma atualização trimestral mais fraca do que os analistas previam, com quedas nos EUA e na região que inclui a China. A Kering, proprietária da Gucci, também relatou vendas mais baixas, mas outras empresas, como Hermès e Brunello Cucinelli, geraram receita maior.

Força da marca

Em uma nota de pesquisa antes da atualização, analistas do JPMorgan disseram que a Prada e a Richemont, proprietária da Cartier, provavelmente se destacariam nesta temporada de resultados devido à força de sua marca, seu poder de precificação e a capacidade de navegar pela incerteza.

Traduzido do inglês por InvestNews

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