O Paquistão afirmou que a Índia disparou mísseis contra três de suas bases aéreas no país e anunciou retaliação na madrugada de sábado (no horário local, noite de sexta no horário de Brasília).
O porta-voz do exército paquistanês afirmou que a maioria dos mísseis indianos foi interceptada. A informação foi veiculada na televisão estatal paquistanesa, que não deu detalhes sobre a reação.
Mais cedo nesta sexta, os países já haviam registrado ataques de ambos os lados. Os movimentos marcam mais uma escalada na tensão entre os países, que se intensificaram na última semana, após um massacre a tiros no mês passado, pelo qual a Índia culpa o Paquistão.
Os países dividem, e disputam controle, da Caxemira. As ofensivas generalizadas nos últimos dias, que deixaram ao todo pelo menos 50 mortos e dezenas de feridos, se tornaram a maior conflagração militar entre os países do Sul da Ásia em cinquenta anos.
Histórico de conflitos
A Caxemira é uma região na cordilheria do Himalaia. Atualmente, o controle da área é partilhado entre eles, além da China, que controla uma porção ao leste. Tanto Nova Délhi quanto Islamabad, porém, reivindicam a totalidade do território.
Índia e Paquistão, que se tornaram independentes do Reino Unido em 1947, travaram três guerras, a disputa pela Caxemira central em cada uma delas. Nos anos 1970, o conflito terminou temporariamente com o estabelecimento da Linha de Controle, que dividiu a área disputada em dois.
Os recentes combates começaram após um ataque terrorista numa área turística no lado indiano da Caxemira. No dia 22 de março, homens armados abriram fogo contra turistas em um resort, deixando 26 mortos, em sua maioria indianos hindus, em Pahalgam. A Índia classificou o massacre como um “ataque terrorista” e acusou o país vizinho de apoiar o grupo responsável pela ação, autodenominado “Resistência da Caxemira”.
O Paquistão, por sua vez, negou qualquer envolvimento e retaliou com o fechamento do espaço aéreo para aviões indianos, o cancelamento de vistos e suspensão das relações comerciais com o vizinho. Nova Délhi, em resposta, retirou-se de um acordo de compartilhamento de águas, do qual a agricultura paquistanesa é altamente dependente.
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