Os EUA e a China devem dar mais detalhes nesta segunda-feira (12) sobre o progresso alcançado durante um fim de semana de negociações comerciais em Genebra, na Suíça, por autoridades das duas maiores economias do mundo.
Washington destacou o progresso em direção a um “acordo” no domingo (11), após a conclusão das negociações, enquanto Pequim promoveu um acordo para iniciar um processo formal de negociação econômica e comercial.
A delegação chinesa disse em uma coletiva de imprensa que os dois lados planejam finalizar os detalhes do “mecanismo de consulta” o mais rápido possível e que divulgariam um comunicado conjunto nesta segunda-feira.
Investidores globais estão comemorando a interrupção da guerra comercial causada pelas tarifas de Donald Trump, que agitaram os mercados globais, interromperam as cadeias de suprimentos e alimentaram o medo de uma recessão.
Os futuros do Dow Jones subiram cerca de 1%, enquanto os futuros do S&P 500 subiram 1,3% e os do Nasdaq Composite, com forte peso na tecnologia, subiram 1,7% na noite de domingo. Os mercados asiáticos operaram em alta durante as negociações desta segunda-feira.
O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer, não compartilharam detalhes sobre as negociações na declaração a repórteres no domingo.
“Tenho o prazer de informar que fizemos progressos substanciais entre os Estados Unidos e a China nas importantíssimas negociações comerciais”, disse Bessent na residência do representante suíço nas Nações Unidas, em Genebra, que serviu de palco para as negociações.
Ao lado de Bessent, Greer indicou que os dois lados haviam chegado a algum tipo de acordo, mas não deu detalhes. Ele apontou para um “déficit comercial de US$ 1,2 trilhão”, que chamou de “emergência nacional” que exigiu a imposição de tarifas.
“É importante entender a rapidez com que conseguimos chegar a um acordo, o que reflete que talvez as diferenças não tenham sido tão grandes quanto se pensava”, disse o representante comercial.
“Portanto, estamos confiantes de que o acordo que fechamos com nossos parceiros chineses nos ajudará a resolver e a trabalhar para resolver essa emergência nacional”, concluiu.
Os dois devem oferecer mais detalhes em uma coletiva de imprensa na manhã de segunda-feira, em Genebra.
Falando na coletiva de imprensa de domingo, o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, que liderou sua delegação, não mencionou nenhum acordo, embora tenha se mostrado otimista e positivo, o que representa uma mudança de tom em relação a declarações oficiais anteriores sobre o conflito comercial com os EUA.
As conversas foram “francas, aprofundadas e construtivas, alcançaram consensos importantes e fizeram progressos substanciais”, disse ele, segundo a emissora estatal CCTV.
Ele pediu que ambas as partes “mantivessem uma atitude prática para resolver problemas” e falassem com franqueza, administrando as diferenças, a fim de expandir o “bolo da cooperação” e injetar mais certeza e estabilidade na economia mundial.
Um acordo comercial com a China seria um sinal positivo para a economia global e proporcionaria clareza aos consumidores e às empresas americanas, que se preparam para uma possível recessão devido à alta dos preços.
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